A cineasta Marianna Brennand lança "Manas", um filme que aborda abusos infantis na Ilha de Marajó, evitando reviver traumas nas vítimas. O longa, premiado em Veneza, busca empoderar as vítimas e iluminar uma questão urgente.

Em 2012, a cineasta brasiliense Marianna Brennand lançou o documentário Francisco Brennand, sobre seu tio-avô, o artista plástico pernambucano. Durante esse período, uma conversa com a cantora Fafá de Belém a impactou profundamente. Fafá abordou os alarmantes casos de abuso sexual de menores na Ilha de Marajó, no Pará, o que despertou em Marianna o desejo de criar um filme que denunciasse essa realidade. No entanto, ao realizar pesquisas, ela percebeu que um documentário exigiria depoimentos de vítimas, o que poderia reabrir feridas dolorosas.
“Eu não poderia contar essa história de modo documental”, afirmou Marianna em entrevista à revista VEJA. A diretora decidiu, então, que a ficção seria a melhor abordagem. O resultado é o filme Manas (Brasil, 2025), que já está em cartaz nos cinemas e conta com a produção de renomados cineastas, como Jean-Pierre e Luc Dardenne, além de Walter Salles. O longa recebeu uma distinção especial no Festival de Veneza, destacando a relevância de sua temática.
A trama gira em torno de uma menina de treze anos, interpretada pela estreante Jamilli Correa. Marcielle vive uma infância tranquila em uma família estruturada, mas sua visão do mundo muda ao entrar na adolescência, levando-a a confrontar a dura realidade dos abusos na região. Para proteger as crianças do elenco, os pais foram informados sobre o tema do filme, mas os pequenos atores não receberam o roteiro, evitando assim que revivessem traumas.
Após assistir ao filme, Jamilli, agora com dezesseis anos, compreendeu o significado de cada cena. “Não havia necessidade de detalhar tudo para ela, não há cenas explícitas”, explicou Marianna. Essa abordagem não só torna o filme mais acessível, mas também evita o sensacionalismo em um tema tão sério. Nos últimos anos, o abuso infantil na Ilha de Marajó se tornou uma bandeira política, mas a diretora critica a desinformação que rodeia o assunto.
“A estratégia de chocar através da desinformação cega a sociedade para o fato de que a solução é complexa e exige esforço coletivo e apartidário”, destacou Marianna. Com Manas, ela espera trazer visibilidade ao problema e empoderar as vítimas. Na narrativa, Marcielle, cercada por desafios, encontra apoio em uma policial, interpretada por Dira Paes, e se recusa a ser mais uma vítima da tradição machista e da pobreza que permeia sua realidade.
Esse olhar sensível e notável sobre uma questão urgente pode inspirar ações concretas. A união da sociedade civil é fundamental para apoiar iniciativas que visem proteger e empoderar as vítimas de abusos. Projetos como Manas devem ser incentivados, pois ajudam a dar voz a quem mais precisa e a promover mudanças significativas na realidade de muitas crianças.

A Record TV foi condenada a indenizar o jornalista Arnaldo Duran em R$ 400 mil por demissão considerada discriminatória devido à sua condição de saúde. O TRT-2 destacou que a rescisão foi motivada por estigma.

Nicole Franco, cofundadora da Care Intelligence, destaca as barreiras enfrentadas por mulheres e pessoas LGBTQIA+ no ambiente corporativo, enfatizando a necessidade de autenticidade e inclusão. Apesar dos avanços, a cultura organizacional ainda exige conformidade a padrões heteronormativos, limitando a expressão pessoal e a participação efetiva. A diversidade deve ser vista como essencial para inovação e desempenho, não apenas como uma questão de imagem.

A Alesp aprovou um programa de combate à pobreza em São Paulo, que prevê R$ 150 mensais para famílias elegíveis e uma jornada de reintegração ao mercado de trabalho, com investimento de R$ 500 milhões. O programa visa atender 105 mil famílias até 2026, incluindo aquelas com renda per capita de até R$ 218, e não compete com o Bolsa Família, segundo a secretária de Desenvolvimento Social.

Menina de 12 anos grávida de oito meses faleceu durante parto em Belo Horizonte, revelando a grave realidade da gravidez na adolescência e a falta de suporte no Brasil. A cada hora, 44 adolescentes dão à luz, sendo cinco com menos de 15 anos. A maioria das gestações resulta de violência sexual, mas apenas 4% conseguem acesso ao aborto legal. A gravidez precoce impacta a saúde e a educação, com 60% das mães adolescentes fora da escola ou do mercado de trabalho.

Festival Feira Preta, maior evento de cultura negra da América Latina, foi cancelado por falta de patrocínio, evidenciando a negligência das empresas em explorar o mercado negro.

Secretário de Educação de Barueri, Celso Furlan, é exonerado após declarações preconceituosas sobre alunos com deficiência. A prefeitura reafirma seu compromisso com a inclusão e lamenta o ocorrido.