Impacto Social

FIVB impõe cota de treinadoras em seleções femininas a partir de 2026 para promover igualdade de gênero no vôlei

A FIVB implementará a partir de 2026 a exigência de que todas as seleções femininas tenham pelo menos uma treinadora, visando aumentar a representação feminina no vôlei. Essa mudança é parte de um esforço para combater a desigualdade de gênero no esporte, onde apenas 9% das treinadoras participaram do Campeonato Mundial Feminino de 2022. Iniciativas como o programa MIRA e a cota de 30% de mulheres nas comissões técnicas são fundamentais para promover a equidade.

Atualizado em
May 12, 2025
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Camila Ferezin, da ginástica rítmica feminina: uma das sete treinadoras do Brasil nos Jogos de Paris-2024 — Foto: Ricardo Bufolin / CBG

A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou uma mudança significativa para promover a igualdade de gênero nas seleções de vôlei. A partir da Liga das Nações de dois mil e vinte e seis, todas as seleções femininas adultas deverão contar com pelo menos uma treinadora na comissão técnica. Essa regra também se aplicará às categorias de base, exigindo que treinadores como José Roberto Guimarães busquem parceiras para suas equipes, preparando-as para o futuro.

José Roberto, coordenador das seleções femininas do Brasil, enfatizou a importância de preparar mulheres para cargos de liderança no esporte. Ele mencionou que a inclusão de mulheres nas comissões técnicas já é uma prática nas categorias de base. A ex-jogadora Fofão, que recentemente deixou o comando da seleção sub-17, é uma das figuras que pode ser considerada para essa nova função. A FIVB destacou que apenas nove por cento das treinadoras estavam presentes no Campeonato Mundial Feminino de dois mil e vinte e dois, evidenciando a necessidade de mudanças.

Hugh McCutcheon, secretário-geral da FIVB, ressaltou que as mulheres têm mostrado grande potencial no vôlei, e que é crucial não perder talentos ao longo de suas carreiras. Apesar de avanços, a realidade ainda é desafiadora. Nas Olimpíadas de Paris dois mil e vinte e quatro, apenas treze por cento dos treinadores e assistentes eram mulheres, um aumento modesto em relação aos onze por cento em Tóquio dois mil e vinte.

No Brasil, a situação é semelhante. Em Tóquio, apenas seis vírgula sete por cento dos treinadores eram mulheres. Para Paris, esse número subiu para treze por cento, com destaque para a ginástica, que teve cinco treinadoras. Thatiana Freire, pesquisadora da Unicamp, afirmou que as mudanças são lentas, mas necessárias, e que iniciativas como as da FIVB são fundamentais para impulsionar essa transformação.

Um estudo realizado em parceria entre a Confederação Brasileira de Esportes (COB) e a Unicamp revelou que as mulheres estão bem preparadas para cargos de treinadoras, com a maioria possuindo formação superior e experiência em comissões técnicas. No entanto, preconceitos de gênero e falta de perspectivas ainda são barreiras significativas. Thatiana Galatti, orientadora do estudo, destacou que as ações afirmativas são essenciais para reconhecer o potencial das mulheres no esporte.

O programa MIRA, de mentoria para treinadoras, foi uma das iniciativas que surgiram para apoiar o desenvolvimento profissional feminino. O COB planeja expandir esse programa, permitindo que mais treinadoras tenham acesso a oportunidades de crescimento. Com a exigência de que trinta por cento das comissões técnicas sejam compostas por mulheres, espera-se que essa mudança inspire uma nova geração de treinadoras. A união da sociedade civil pode ser um fator crucial para fortalecer essas iniciativas e garantir um futuro mais igualitário no esporte.

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