A formação médica no Brasil enfrenta críticas por sua baixa qualidade, dificultando a descentralização do cuidado no SUS e resultando em médicos mal preparados. Iniciativas em estados como São Paulo e Minas Gerais buscam reverter essa situação.

A formação médica no Brasil enfrenta críticas severas, especialmente em relação à sua qualidade, o que impacta negativamente a atuação dos médicos na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante o Fórum Descentralização do Cuidado, realizado em Brasília, Mauro Guimarães Junqueira, secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), destacou que muitos médicos recém-formados atuam como "despachantes", repassando a demanda para especialistas em vez de resolver problemas diretamente nas unidades básicas de saúde (UBSs).
Essa situação gera um ciclo de ineficiência, onde o sistema de saúde enfrenta custos elevados e pacientes enfrentam longas esperas para consultas. Junqueira criticou a falta de preparo dos médicos para a função de médicos de família e comunidade, essencial no SUS, e apontou que a escassez de vagas em programas de residência médica e a baixa atratividade das bolsas financeiras agravam o problema.
Tânia Mara Coelho, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), enfatizou que a transformação da saúde no Brasil depende de uma educação de qualidade. Ela defende que a população deve ser empoderada para saber o que cobrar dos serviços de saúde. A descentralização do cuidado, que visa atender os pacientes em locais mais adequados, como UBSs e ambulatórios, é uma estratégia que pode melhorar o acesso e a eficiência do sistema, mas depende de profissionais capacitados.
José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde e pesquisador da Fiocruz, alertou que a descentralização deve ser acompanhada de uma formação adequada e valorização do trabalho em equipe. Ele ressaltou que a resposta às transformações contemporâneas da saúde coletiva, como o envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas, requer uma abordagem integrada e qualificada.
Apesar dos desafios, iniciativas em estados como São Paulo e Minas Gerais demonstram que é possível avançar. O programa "Pabinho" em São Paulo, por exemplo, aumentou os repasses financeiros para a atenção básica, resultando em melhorias significativas na cobertura vacinal. Minas Gerais investe em teleconsultorias para descentralizar o acompanhamento de doenças raras, enquanto o Recife já conseguiu reduzir filas de espera para especialistas através da digitalização das UBSs.
Essas experiências mostram que, com a tecnologia e o conhecimento acumulado, o Brasil pode avançar na descentralização do cuidado. No entanto, é fundamental que a formação médica priorize a saúde coletiva e o compromisso com o território. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar projetos que visem melhorar a formação e a atuação dos profissionais de saúde, garantindo um atendimento mais humano e eficaz para todos.

O Governo do Distrito Federal inaugurou seis novos módulos escolares no Centro Educacional do PAD-DF, beneficiando 420 alunos com infraestrutura moderna. A governadora em exercício, Celina Leão, destacou a importância da educação na zona rural e a agilidade na construção, que levou apenas quatro meses. O investimento de R$ 1,6 milhão inclui salas com ar-condicionado e banheiros adaptados, promovendo melhor qualidade de ensino e reduzindo a necessidade de transporte escolar. Estudantes e diretores celebraram a conquista, ressaltando a transformação que a educação pode trazer para a comunidade.

As inscrições para o Prouni 2025 estão abertas até 4 de julho, com 211 mil bolsas disponíveis, destacando-se os cursos de administração, direito e pedagogia. O programa visa apoiar estudantes de baixa renda.

Censo 2022 revela que apenas 47,2% dos hospitais e 31,8% das escolas têm rampas de acesso. Dados do IBGE mostram que a acessibilidade no Brasil é insuficiente, apesar das leis vigentes.

Governador Ibaneis Rocha lança o Programa Meninas em Ação, que permite a estudantes do ensino médio assumirem cargos de mulheres referência no DF por um dia, promovendo empoderamento feminino.

O Governo de São Paulo oferece 1.460 vagas em cursos gratuitos do programa Qualifica SP, com inscrições até 4 de agosto. A prioridade é para jovens, pessoas com deficiência e desempregados. As aulas começam em 11 de agosto.

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) lançou cursos gratuitos e online na plataforma Coursera, ampliando o acesso à educação de qualidade em engenharia. Os cursos, que incluem desenvolvimento de software e controle de sistemas, são ministrados por professores da instituição e oferecem a opção de auxílio financeiro para certificação.