A pesquisa revela que 42,7% das mulheres no Brasil não torcem para nenhum time de futebol, refletindo a exclusão histórica do esporte. A Copa do Mundo Feminina de 2027 pode mudar esse cenário.

A pesquisa mais recente revela que 42,7% das mulheres no Brasil não torcem para nenhum time de futebol, evidenciando uma desconexão com o esporte. Essa estatística reflete uma realidade onde a paixão pelo futebol é predominantemente masculina, especialmente entre os jovens e escolarizados. A exclusão histórica das mulheres do futebol é um fator que contribui para essa falta de identificação, uma vez que muitas não tiveram acesso a ambientes que promovam a socialização em torno do esporte.
Maria Soledade dos Santos Jesus, uma babá de cinquenta anos, exemplifica essa realidade. Com uma rotina que inclui longas horas de trabalho e responsabilidades familiares, ela não encontra tempo para acompanhar o futebol, mesmo com um marido torcedor fervoroso. Essa situação é comum entre as mulheres de baixa renda e escolaridade, que representam 32,1% das entrevistadas que afirmaram não torcer por nenhum time, um aumento em relação a 2022.
Por outro lado, Bárbara Oliveira Marcelino, de quarenta e oito anos, cresceu em um ambiente onde o futebol é uma paixão familiar, mas ainda assim não se identifica com o esporte. Ela destaca que a cultura do futebol não oferece acolhimento às mulheres, o que limita sua participação. Essa falta de identificação é reforçada por uma estrutura social que historicamente favorece a presença masculina no futebol, desde a infância.
Pesquisadores como Leda Maria da Costa apontam que o futebol foi moldado para excluir as mulheres, que frequentemente são desencorajadas a participar. A obrigatoriedade de times femininos em clubes, imposta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desde 2019, é um passo positivo, mas ainda é insuficiente para mudar a realidade de muitas mulheres, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil.
A desigualdade de gênero também se reflete no tempo de lazer, onde as mulheres dedicam menos tempo a atividades esportivas e hobbies. A jornada dupla de trabalho, que inclui responsabilidades profissionais e domésticas, limita a participação feminina em atividades como o futebol. Mulheres de classe média e sem filhos têm mais oportunidades de se envolver com o esporte, enquanto aquelas em áreas rurais enfrentam barreiras significativas.
Com a Copa do Mundo de Futebol Feminino programada para 2027 no Brasil, há um potencial para aumentar o interesse das mulheres pelo esporte. Essa mudança pode ser acelerada por iniciativas que promovam a inclusão feminina no futebol. Projetos que incentivem a participação das mulheres no esporte e na cultura do futebol podem ser fundamentais para transformar essa realidade e criar um ambiente mais acolhedor e inclusivo.

Moradores de Charitas estão preocupados com o impacto no trânsito devido às obras de macrodrenagem na Avenida Prefeito Sílvio Picanço, iniciadas em 14 de julho. A NitTrans assegura que o tráfego pesado seguirá na via principal, mas a sobrecarga nas ruas internas é uma preocupação. As intervenções, com investimento de R$ 13,4 milhões, visam reduzir alagamentos e devem ser concluídas até outubro.

Sônia Gomes de Oliveira, assistente social e presidente da Comissão Nacional do Laicato Brasileiro, foi convidada a participar do sínodo no Vaticano, onde leigos e mulheres terão direito a voto pela primeira vez. Essa mudança histórica, promovida pelo papa Francisco, representa um avanço significativo na inclusão de vozes femininas na Igreja Católica, apesar das resistências de setores conservadores. Sônia, que atua com grupos vulneráveis, expressa preocupação com possíveis retrocessos e destaca a importância da participação feminina na Igreja.

A pesquisadora Sofia Mota Nunes, de Imperatriz (MA), conquistou o Prêmio Mary Kay Inc. na Regeneron International Science and Engineering Fair com seu projeto de pele artificial para tratamento de queimaduras, recebendo R$ 4,2 mil.

Filipe Bragança, dublador de "Encanto", empresta sua voz ao protagonista de "Abá e Sua Banda", uma animação brasileira com forte mensagem política e ambiental. O filme, que estreou em abril, aborda a luta contra um vilão fascista e promove reflexões importantes para crianças e adultos. Bragança destaca a liberdade criativa na dublagem e a relevância do cinema nacional, que precisa de mais investimento e visibilidade.

O Estúdio Escarlate lançou o Prêmio Chico Vive para destacar novos artistas brasileiros e produziu um longa-metragem e um documentário sobre Chico Mendes, que será exibido na COP30. A iniciativa visa valorizar a cultura e a preservação ambiental na Amazônia, reunindo ações que conectam arte e ativismo social.

Uma pesquisa recente revelou que 62,3% dos brasileiros não buscaram atendimento na Atenção Primária à Saúde (APS) no último ano, citando superlotação e automedicação como principais razões. O estudo, realizado pela Vital Strategies e Umane, com apoio da Universidade Federal de Pelotas, destaca a necessidade urgente de melhorias no sistema de saúde.