Estudos revelam a viabilidade de usinas híbridas no Brasil, combinando geração solar flutuante com hidrelétricas, com potencial para instalar 25 GW em 28 usinas, exigindo ajustes regulatórios.
O Brasil tem experimentado um aumento notável na geração de eletricidade por meio de placas solares, abrangendo instalações de pequeno, médio e grande porte. As instalações menores estão conectadas à rede elétrica local, enquanto as maiores se ligam à rede de alta tensão, gerida pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). É importante destacar que as placas solares contribuem com "energia", mas não com "potência", sendo a primeira a capacidade de atender à demanda média em um período, enquanto a segunda se refere à capacidade de atender à demanda instantânea.
Atualmente, o sistema elétrico brasileiro enfrenta um cenário de sobra de energia, mas carência de potência. Em um ambiente ideal, os investimentos deveriam se concentrar em fontes que fornecem potência. Contudo, com o crescimento da demanda por eletricidade, há espaço para novas instalações solares. Nesse contexto, a expansão da geração solar deve considerar também a instalação de placas flutuantes em reservatórios de usinas hidrelétricas (UHEs).
A Usina Fotovoltaica Flutuante Araucária, localizada na represa Billings, é a maior do país e exemplifica essa tendência. O estudo da consultoria PSR analisou a viabilidade técnica e econômica da hibridização de UHEs com geração solar flutuante. Os resultados indicaram que seria possível instalar até 25 GW em 28 UHEs, cobrindo apenas 0,7% da área dos reservatórios, com impacto ambiental mínimo.
Embora as placas solares flutuantes apresentem custos mais elevados e não possuam rastreadores solares, elas oferecem vantagens significativas. Elas não ocupam terras agrícolas e podem ser instaladas nas UHEs das regiões Sudeste e Sul, onde a demanda por eletricidade é maior. Além disso, a conexão com subestações existentes pode reduzir cortes forçados de geração, conhecidos como curtailments.
A geração híbrida, que combina energia hídrica e solar, não só fornece energia, mas também os atributos necessários para garantir a confiabilidade do sistema elétrico, como potência e flexibilidade. No entanto, para que essa hibridização seja reconhecida, ajustes regulatórios são necessários, o que demanda atenção das autoridades competentes.
Iniciativas que promovem a instalação de usinas híbridas podem ser fundamentais para o futuro energético do Brasil. A sociedade civil pode desempenhar um papel crucial ao apoiar projetos que visem a expansão da energia solar, contribuindo para um sistema elétrico mais sustentável e eficiente. A união em torno de causas que promovem a energia renovável pode transformar a realidade energética do país.
Temperaturas no Distrito Federal caem, com mínimas de 9,7ºC e máximas de até 28ºC. O Inmet alerta sobre a secura do ar e recomenda cuidados com a saúde e o meio ambiente.
Em 2024, o Brasil registrou queimadas em 30 milhões de hectares, com a Amazônia sendo a mais afetada, totalizando 15,6 milhões de hectares queimados, um aumento alarmante de 117% em relação à média histórica. O Relatório Anual do Fogo (RAF) do MapBiomas revela que a degradação florestal, impulsionada por ações humanas e secas severas, pode levar à savanização da região.
O projeto RESTORE, que envolve Brasil, França e Alemanha, utiliza nanopartículas e microrganismos para aumentar o crescimento de plantas e resistência à seca, promovendo soluções inovadoras para desafios ambientais.
Báyò Akómoláfé, filósofo nigeriano, inicia filmagens do documentário "Em Tempos Urgentes, Vamos Desacelerar" no Brasil, abordando caos climático e injustiça racial. Ele destaca a importância de repensar a justiça e o ativismo.
O Painel de Carbono Florestal, lançado pela ONG Idesam, mapeou 175 projetos de crédito de carbono no Brasil, revelando sobreposições de terras e exclusão de comunidades tradicionais. Apenas 11 projetos pertencem a territórios coletivos.
Na Cúpula do Brics, foi anunciada uma declaração conjunta visando mobilizar US$ 1,3 trilhão para financiamento climático, além de metas para emissões líquidas zero e uma parceria para eliminar Doenças Socialmente Determinadas. Os líderes enfatizam a necessidade de reformar o sistema financeiro internacional e condenam medidas protecionistas que afetam países em desenvolvimento.