Google lança o modelo de IA "AlphaEarth Foundations" para mapear mudanças climáticas, em parceria com o Google Earth Engine, beneficiando iniciativas como MapBiomas e Global Ecosystems Atlas. A tecnologia promete revolucionar o monitoramento ambiental.
O Google anunciou o lançamento do modelo de inteligência artificial "AlphaEarth Foundations", que visa mapear e monitorar as mudanças climáticas de forma mais eficiente. A iniciativa, apresentada no dia 30 de julho, é resultado da colaboração entre o Google DeepMind e o Google Earth Engine. O modelo processa uma vasta quantidade de dados de observação terrestre, permitindo uma visão holística das informações disponíveis, que são essenciais para enfrentar os desafios ambientais globais.
Com uma infraestrutura de computação em nuvem robusta, o Google não realiza a coleta de dados, mas mantém parcerias com diversas fontes públicas e organizações. Essa colaboração resulta em uma rede de data centers que alimenta o novo modelo, que se destaca por sua capacidade de processar rapidamente informações e disponibilizá-las de forma unificada. O "AlphaEarth Foundations" integra um conjunto maior de soluções de inteligência artificial voltadas para questões ambientais.
O modelo já está sendo utilizado por mais de cinquenta organizações em aplicações práticas. No Brasil, o MapBiomas utiliza a tecnologia para mapear ecossistemas e monitorar mudanças ambientais, incluindo a floresta amazônica. Globalmente, o Global Ecosystems Atlas classifica ecossistemas não mapeados, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e para relatórios de organizações internacionais, como a ONU.
Nick Murray, Diretor do Laboratório de Ecologia Global da Universidade James Cook, destacou a importância do modelo para ajudar países a identificar áreas prioritárias para conservação. A plataforma também permite a criação de mapas personalizados de alta qualidade, que são úteis em áreas críticas como segurança alimentar, desmatamento e gestão de recursos hídricos.
Além do "AlphaEarth Foundations", o Google busca unificar suas soluções em um pacote denominado "Google Earth AI", que inclui previsões meteorológicas, detecção de incêndios florestais e melhorias no planejamento urbano. Esses recursos oferecem uma compreensão abrangente das dinâmicas populacionais e da mobilidade urbana, ampliando as possibilidades de aplicação da inteligência artificial em questões ambientais.
Iniciativas como a do Google são fundamentais para enfrentar os desafios climáticos atuais. A união da sociedade civil pode ser um motor de mudança, apoiando projetos que visam a conservação e a sustentabilidade. Cada contribuição pode fazer a diferença na luta contra as mudanças climáticas e na proteção do nosso planeta.
O Brasil enfrenta variações climáticas, com baixas temperaturas e geadas no Centro-Sul e chuvas intensas no Norte. O Inmet alerta para riscos de tempestades e recomenda cuidados à população.
Junho de 2025 foi o terceiro mais quente já registrado, com média de 16,46°C, segundo o Copernicus. O calor extremo na Europa Ocidental e no Mediterrâneo destaca a crescente crise climática global.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, o Parque Nacional da Tijuca reintroduzirá quatro araras-canindés, espécie extinta na região há mais de 200 anos, em uma ação do programa Refauna. Essa iniciativa, apoiada pelo ICMBio, visa restaurar a biodiversidade da Mata Atlântica, promovendo a recuperação ecológica e reconectando as pessoas à natureza. As aves, provenientes de um centro de reabilitação em São Paulo, passarão por aclimatação antes de serem liberadas.
O projeto do governo chileno para reabrir uma rodovia no Parque Nacional Alerce Costero ameaça a sobrevivência da Gran Abuelo, árvore de 5.400 anos, gerando protestos de cientistas e comunidades locais.
A América Latina enfrentou perdas econômicas de US$ 6,67 bilhões em desastres naturais no primeiro semestre de 2025, com o Brasil sendo o mais afetado. A AON destaca a urgência em fortalecer a resiliência climática.
André Corrêa do Lago e Ana Toni se juntam a indígenas no Acampamento Terra Livre em Brasília, promovendo diálogos sobre direitos e sustentabilidade antes da COP30 em Belém.