O Ministério de Minas e Energia do Brasil anunciou o aumento da mistura de etanol na gasolina para 30% e de biodiesel no diesel para 15%, com início em agosto de 2025. Essa medida, esperada pelo mercado, deve impulsionar os preços das commodities e reforçar o compromisso do governo com combustíveis renováveis. A expectativa é que a demanda por biodiesel cresça em 3,1%, enquanto o etanol pode equilibrar o mercado, especialmente com a produção de etanol de milho no Centro-Oeste.
O Ministério de Minas e Energia do Brasil anunciou, no dia 25 de junho de 2025, a elevação da mistura obrigatória de etanol na gasolina de 27% para 30%, além do aumento do biodiesel no diesel de 14% para 15%. Essas mudanças entram em vigor em agosto de 2025 e visam impulsionar o mercado de biocombustíveis, alinhando-se a iniciativas de sustentabilidade e redução de emissões.
Segundo o Bradesco BBI, o aumento das misturas era esperado pelo mercado e deve influenciar os preços do etanol e do biodiesel, embora a extensão desse impacto ainda seja incerta. O banco também prevê que novos aumentos nas misturas sejam anunciados nos próximos anos, em consonância com o projeto de lei “Combustível do Futuro”, que estabelece metas mais ambiciosas até 2030.
Para o setor de Açúcar e Etanol, a mudança para E30 pode incentivar as usinas a priorizarem a produção de etanol, após um período focado no açúcar. O BBI observa que isso pode melhorar as perspectivas de preços do açúcar, que atualmente estão pressionados devido a uma safra de cana menos produtiva na região Centro-Oeste.
Entretanto, o BBI alerta que os preços do açúcar permanecem abaixo dos custos de produção no Brasil, e as margens do etanol também são limitadas pela paridade com a gasolina. Isso gera incertezas sobre os lucros de empresas como São Martinho e Jalles Machado, que podem enfrentar revisões para baixo em suas expectativas financeiras.
Em relação ao biodiesel, a 3tentos é vista como uma das principais beneficiárias do aumento para B15, que deve aumentar a demanda e apoiar as margens da empresa. Contudo, o biodiesel representa apenas uma parte das margens da indústria de soja, que enfrenta dificuldades. O Itaú BBA considera a medida positiva para o setor, prevendo um aumento de 3,1% na demanda por biodiesel, o que pode ajudar a estabilizar o mercado.
O Morgan Stanley também acredita que a nova política era esperada e terá um impacto limitado nas estimativas de empresas do setor. A recuperação dos preços do etanol pode ser dificultada pelo excesso de capacidade de oferta. Em meio a esse cenário, iniciativas que promovam a sustentabilidade e o uso de biocombustíveis podem ser fundamentais para fortalecer o setor e apoiar os produtores. A união da sociedade civil pode ser um motor importante para impulsionar essas mudanças.
O governo brasileiro solicitou à ONU o reconhecimento da Elevação do Rio Grande como parte de sua plataforma continental, visando ampliar a exploração econômica e enfrentar desafios ambientais. A estrutura submarina, rica em minerais essenciais, pode garantir direitos exclusivos de exploração, mas também exige responsabilidade na conservação ambiental.
A Embrapa promove a primeira edição dos Diálogos pelo Clima em Brasília, reunindo especialistas para discutir a agricultura e mudanças climáticas. O evento é parte da preparação para a COP30 em Belém, em novembro.
A partir de 2027, companhias aéreas brasileiras devem reduzir em 1% suas emissões de carbono, aumentando para 10% até 2037. O Brasil, com tecnologia e biomassa, investe R$ 28 bilhões em combustíveis sustentáveis para aviação.
A startup Ocellott desenvolve baterias e sistemas de alta tensão para eletrificação de aeronaves, participando de eventos internacionais para promover inovações sustentáveis na aviação. A expectativa é que aeronaves elétricas e híbridas comecem a operar em dois a três anos, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Cidades enfrentam ilhas de calor devido à urbanização, mas áreas verdes, como quintais arborizados, podem reduzir a temperatura em até 1ºC, melhorando a saúde pública e a qualidade de vida.
Em 2023, as emissões da produção de roupas aumentaram 7,5%, totalizando 944 milhões de toneladas, devido ao uso crescente de poliéster virgem, intensificando a crise ambiental. O poliéster, fibra sintética barata, é responsável por significativas emissões de CO2 e contaminação por microplásticos, além de ser não biodegradável, contribuindo para o acúmulo de resíduos. A reciclagem é complexa e limitada, enquanto a indústria investe pouco em alternativas sustentáveis.