O governo de São Paulo anunciou uma subvenção histórica de R$ 100 milhões para o seguro rural, visando proteger produtores diante das mudanças climáticas. Apenas 10% da área plantada no Brasil é coberta por esse seguro, em contraste com os 80% dos Estados Unidos. A iniciativa, que já beneficiou 21 mil agricultores no ano passado, prioriza aqueles com Cadastro Ambiental Rural validado, que atualmente é de 26,3% no estado.
O governo do Estado de São Paulo anunciou uma subvenção recorde de R$ 100 milhões para o seguro rural, com o objetivo de aumentar a proteção dos produtores e validar o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Atualmente, menos de 10% da área plantada do agronegócio brasileiro conta com esse tipo de seguro, uma taxa muito inferior à de países como os Estados Unidos, onde cerca de 80% da área cultivada é protegida.
O seguro rural, criado no Brasil em 2003, visa mitigar os impactos das perdas de produção causadas por condições climáticas extremas, como secas e incêndios. Segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, a importância desse seguro se intensificou devido ao agravamento da crise climática global, que resultou em um aumento significativo no número de dias com ondas de calor.
Em 2022, o Estado registrou 55 dias de ondas de calor, um aumento considerável em relação à média de dez dias nos anos de 1990. Essa mudança climática tem levado muitos produtores a perderem até metade de suas safras, tornando o seguro rural essencial para a proteção da produtividade agrícola.
A subvenção será disponibilizada por meio de empresas seguradoras credenciadas, oferecendo descontos no valor do seguro para os produtores. No ano passado, a mesma quantia foi liberada, beneficiando 21 mil produtores e ajudando a amenizar os impactos financeiros da estiagem. A prioridade será dada aos produtores que já possuem o CAR validado, que atualmente representa 26,3% dos cadastros ativos no Estado.
O governo de São Paulo tem a meta de alcançar 100% de validações do CAR até o final do próximo ano. A preocupação com o seguro rural é cada vez mais relevante em um cenário de eventos climáticos extremos, que se tornaram mais frequentes e intensos, afetando diretamente a agricultura.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento também se juntou à Green Education Partnership da Unesco, uma iniciativa global que visa apoiar países no enfrentamento da crise climática por meio da educação. Essa parceria permitirá que o Estado tenha acesso a experiências bem-sucedidas em outras regiões e fortaleça seus projetos voltados para a capacitação de produtores e a promoção de práticas sustentáveis. Em tempos de desafios climáticos, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que garantam a segurança alimentar e a sustentabilidade.
O metano, um gás de efeito estufa, foi negligenciado por anos, mas sua redução é agora urgente. A indústria de petróleo e gás se comprometeu a reduzir emissões até 2030, embora o progresso seja lento.
Recentemente, foram plantadas setenta novas mudas de paineira no Distrito Federal, com um ambicioso plano de cultivar duzentas mil até 2025/2026, destacando a relevância ecológica e estética da espécie.
O governo lançou o Plano BR-319, que visa a pavimentação da rodovia entre Porto Velho e Manaus, com foco na preservação ambiental e proteção das terras indígenas. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a importância de estudos de impacto e governança para evitar desmatamento e degradação. A licença prévia está suspensa, e a nova abordagem busca evitar erros do passado, como na BR-163.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê que os próximos cinco anos podem superar 2024 como o mais quente da história, com 80% de chance de ultrapassar 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. O relatório destaca a urgência de ações climáticas, especialmente com a COP30 se aproximando.
A COP30, marcada para 10 de novembro em Belém (PA), enfrenta atrasos na entrega das novas metas climáticas, com apenas 25 países apresentando suas NDCs até julho. A falta de consenso sobre financiamento e transição energética gera preocupações.
A Amazônia enfrenta estresse hídrico crescente, com 63% da região afetada em 2015, impactando a ciclagem da água e a mortalidade de árvores, conforme estudos do Cemaden e do Inpe. A pesquisa destaca que florestas com lençol freático raso resistem melhor às secas.