Aumento de 55% nos alertas de desmatamento na Amazônia em abril preocupa governo, que revisa planos de controle. Amazonas, Mato Grosso e Pará são os estados mais afetados. Medidas preventivas estão em andamento.

O aumento de 55% nos alertas de desmatamento na Amazônia em abril, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, gerou preocupação no governo. Os dados foram apresentados pelo sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e discutidos em uma reunião no Palácio do Planalto. O foco da reunião foi revisar os planos de prevenção e controle do desmatamento, especialmente nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará, que foram os mais afetados.
Apesar do aumento nos alertas, os dados do Inpe indicam que o desmatamento na Amazônia apresentou uma redução de 5% na série histórica de agosto de 2024 a abril de 2025, o melhor resultado desde 2016. A medição anual é realizada de agosto a 31 de julho do ano seguinte, o que significa que o governo ainda tem três meses para consolidar essa redução anual.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, destacou que a pasta está empenhada em evitar que o aumento de abril impacte o acumulado dos doze meses. Segundo ela, a queda significativa do desmatamento nos anos anteriores torna mais desafiador manter essa tendência. Silva afirmou que ajustes estão sendo feitos nas ações de prevenção e controle.
O sistema Deter foi desenvolvido para monitorar em tempo real as tendências do desmatamento na Amazônia, permitindo que sejam feitos ajustes necessários para conter a degradação da floresta. A reunião no Planalto contou com a participação de representantes de dezenove ministérios, que terão duas semanas para implementar um conjunto de ações de prevenção e fiscalização.
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, ressaltou que a identificação do aumento em abril permite a adoção de medidas preventivas. Ele alertou que esse crescimento pode indicar uma reversão na tendência de queda do desmatamento, e que a fiscalização será intensificada nos estados mais afetados.
Além dos dados da Amazônia, Marina Silva também apresentou informações sobre o desmatamento no Cerrado, que teve uma redução de 25% no mesmo período, e no Pantanal, que registrou uma queda de 75%. A situação exige uma mobilização da sociedade civil para apoiar iniciativas que visem a preservação ambiental e a recuperação de áreas degradadas, promovendo um futuro mais sustentável para todos.

Uma baleia-jubarte foi resgatada pelo Instituto Argonauta em Ilhabela, mas a liberação total não foi possível. A equipe continua monitorando a situação e alerta para os riscos do emalhe.

A Câmara Municipal de Niterói aprovou projeto que proíbe venenos em espaços públicos, permitindo uso apenas por órgãos governamentais. A medida visa proteger animais e crianças, aguardando sanção do prefeito.

Operação "Gelo Podre" investiga fornecimento de gelo contaminado em quiosques da Barra da Tijuca e Recreio. Fábrica na Cidade de Deus foi interditada por uso de água poluída, e um responsável foi detido.

Em 2024, 44% das instituições financeiras no Brasil relataram impactos diretos do clima, um aumento alarmante em relação aos anos anteriores, refletindo um "novo normal" de riscos climáticos. Eventos como enchentes e secas intensificaram a preocupação com a inadimplência no agronegócio, setor altamente exposto. A Confederação Nacional das Seguradoras estima indenizações anuais entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões em seguros rurais, evidenciando a crescente frequência de desastres naturais.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê chuvas acima da média em julho de 2025 em partes do Nordeste e Sul, enquanto outras regiões enfrentarão temperaturas elevadas, impactando a agricultura. A previsão sugere riscos para culturas em áreas com baixa umidade e benefícios para safras em regiões com chuvas intensas.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê que os próximos cinco anos podem superar 2024 como o mais quente da história, com 80% de chance de ultrapassar 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. O relatório destaca a urgência de ações climáticas, especialmente com a COP30 se aproximando.