O governo Lula vetou 63 trechos do Projeto de Lei do Licenciamento, preservando normas ambientais e direitos de povos indígenas, após críticas de organizações civis. A proposta busca garantir proteção ambiental e segurança jurídica.
O governo Lula anunciou, no dia 8 de agosto, os vetos a 63 trechos do Projeto de Lei do Licenciamento, que havia sido aprovado pelo Congresso em julho. A proposta, criticada por organizações da sociedade civil como "PL da Devastação", alterava regras de licenciamento ambiental, permitindo procedimentos autodeclaratórios e enfraquecendo condicionantes ambientais. Os vetos visam garantir a integridade do licenciamento, os direitos de povos indígenas e a responsabilidade das instituições financeiras.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, os vetos foram estratégicos para preservar a proteção ambiental no país. O governo vetou a ampliação da Licença por Adesão e Compromisso (LAC) para empreendimentos de médio potencial poluidor, evitando que projetos de alto risco fossem licenciados de forma simplificada. Além disso, foram estabelecidos limites para procedimentos autodeclaratórios.
O governo também vetou dispositivos que transferiam amplos poderes a estados e municípios para decidir sobre o licenciamento ambiental, evitando uma possível competição antiambiental entre as diferentes esferas de governo. A preservação da Mata Atlântica foi assegurada com o veto a um trecho que permitia a supressão de áreas sem análise prévia dos órgãos competentes.
Os direitos de povos indígenas e comunidades quilombolas foram reforçados com a rejeição de dispositivos que limitavam a consulta a esses grupos apenas a terras já demarcadas. O novo texto assegura a participação de todos os povos, prevenindo conflitos e fortalecendo a participação social nas decisões que impactam seus modos de vida.
O governo vetou ainda a proposta que dispensava o licenciamento ambiental para produtores com Cadastro Ambiental Rural (CAR) pendente de análise. Somente aqueles com CAR já analisado poderão ser dispensados, garantindo que todos os impactos ambientais sejam considerados. A proposta também assegura que medidas de mitigação e compensação sejam exigidas sempre que houver nexo de causalidade entre o empreendimento e os impactos ambientais.
Por fim, o governo vetou a retirada do caráter vinculante da manifestação do órgão gestor de unidades de conservação, reforçando a importância da avaliação técnica na proteção dessas áreas. A nova proposta será enviada ao Congresso para apreciação em regime de urgência. Em tempos de desafios ambientais, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a proteção do meio ambiente e os direitos das comunidades afetadas.
O aumento das temperaturas globais está diretamente ligado ao crescimento de doenças e mortes, com o Brasil enfrentando um recorde histórico de casos de dengue em 2024. A crise climática é uma grave ameaça à saúde pública.
Milhares de mulheres indígenas de diversos países marcharam em Brasília, exigindo proteção ambiental e pressionando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar um projeto de lei que facilita licenças ambientais. A manifestação ocorre em um momento crucial, com a COP30 se aproximando, destacando a importância da Amazônia na luta contra o aquecimento global.
A Unesp avança na Química Verde com o lançamento da tradução do livro "Química Verde: Teoria e prática" e novas disciplinas na graduação e pós-graduação, promovendo práticas sustentáveis. A iniciativa, que começou em 2019, visa integrar a sustentabilidade na formação dos estudantes e nas pesquisas, com impacto positivo no meio ambiente.
O metano, um gás de efeito estufa, foi negligenciado por anos, mas sua redução é agora urgente. A indústria de petróleo e gás se comprometeu a reduzir emissões até 2030, embora o progresso seja lento.
O Curupira, figura emblemática do folclore brasileiro, foi escolhido como mascote da COP 30, que ocorrerá em novembro em Belém (PA), simbolizando a proteção das florestas e da biodiversidade. O embaixador André Corrêa do Lago destacou a relevância das florestas como tema central do evento, buscando promover a cultura amazônica e a conscientização ambiental.
Colossal Biosciences apresenta filhotes de lobos geneticamente modificados, Romulus, Remus e Khaleesi, que crescem rapidamente, mas enfrentam críticas sobre sua classificação. Clonagem de lobos vermelhos visa aumentar diversidade genética.