O Hemocentro de Ribeirão Preto inicia testes clínicos de fase 2 com terapia CAR-T para leucemia linfoide aguda e linfoma, enquanto o Laboratório NanoGeneSkin investe em nanotecnologia para doenças cutâneas.

O Hemocentro de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) iniciou testes clínicos de fase dois em pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B. A autorização foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os resultados da fase inicial mostraram que a terapia com células CAR-T é segura, permitindo que as células do sistema imunológico dos pacientes sejam reprogramadas para atacar células tumorais específicas.
A terapia CAR-T é uma abordagem inovadora que envolve a manipulação das células T do próprio paciente, permitindo que elas reconheçam e combatam células cancerígenas. No caso do Hemocentro, as células foram treinadas para identificar o antígeno CD19, que está presente em células da leucemia e do linfoma mencionados. Desde o início da pesquisa em terapia gênica em humanos, em mil novecentos e noventa, muitos avanços foram feitos, especialmente no tratamento de cânceres considerados incuráveis.
Além do Hemocentro, o Laboratório NanoGeneSkin, coordenado por Maria Vitoria Bentley, está explorando a nanotecnologia para tratar doenças cutâneas como psoríase e câncer de pele. A pesquisa mais recente do grupo envolve o desenvolvimento de tratamentos que utilizam terapia gênica de silenciamento, que visa interromper a expressão de genes que causam inflamações e outras condições patológicas.
Maria Vitoria explica que a terapia de silenciamento é diferente da terapia gênica tradicional, pois não envolve a inserção de novos genes, mas sim a inibição da produção de proteínas que contribuem para a doença. No caso da psoríase, por exemplo, a produção excessiva da citocina pró-inflamatória TNF-alfa é um dos principais fatores que agravam a condição. O grupo desenvolveu um silenciador chamado siRNA TNF-alfa, que demonstrou eficácia em estudos iniciais.
Os pesquisadores também enfrentam desafios, como a necessidade de que o silenciador atravesse a barreira da pele. Para isso, eles criaram nanopartículas de cristal líquido que melhoram a permeabilidade da pele. Os resultados dos testes em modelos animais mostraram que a aplicação dessas nanopartículas com o siRNA TNF-alfa reduziu significativamente a produção de TNF-alfa, alcançando níveis normais em células não doentes.
O grupo também investiga o vitiligo, desenvolvendo nanopartículas que silenciaram a produção de uma proteína que atrai autoanticorpos, levando à morte dos melanócitos. Além disso, há planos para criar uma vacina intranasal de RNA mensageiro, inspirada nos avanços das vacinas contra a covid-19. Iniciativas como essas merecem apoio da sociedade civil, pois podem transformar a vida de muitas pessoas afetadas por doenças complexas e desafiadoras.

Preta Gil faleceu aos 49 anos após lutar contra câncer de intestino, destacando a importância de reconhecer sintomas e realizar exames preventivos como a colonoscopia. Sua morte ressalta a urgência de cuidados com a saúde.

A Conitec abriu consulta pública para incluir o Wegovy (semaglutida 2,4 mg) no SUS, visando atender pacientes com obesidade e histórico cardiovascular. Se aprovado, será o primeiro medicamento disponível na rede pública.

Um estudo de caso na Itália revelou que um paciente obeso e dependente de cocaína apresentou redução significativa no desejo pela droga após tratamento com semaglutida, além de perda de peso. O médico Vincenzo Maria Romeo, da Universidade de Palermo, observou que, após doze semanas de tratamento, o paciente perdeu cerca de 12% do peso corporal e relatou uma diminuição de 59% na compulsão pela substância. Os pesquisadores sugerem que análogos do GLP-1 podem ser explorados em futuras pesquisas para o tratamento de dependências químicas.

A partir de hoje, a vacinação contra a gripe em Belo Horizonte é ampliada para toda a população a partir de seis meses, visando combater a superlotação hospitalar por doenças respiratórias. A cobertura atual é de apenas 24,1%, com a meta de 90%. A vacina trivalente protege contra H1N1, H3N2 e influenza B, e está disponível em 153 centros de saúde da cidade.

Levantamento revela que idosos com comorbidades enfrentam alto risco de internação e óbito por vírus sincicial respiratório (VSR), destacando a urgência de vacinas na rede pública até 2026. Especialistas alertam para a gravidade da situação.

A vacinação contra a gripe em São Paulo apresenta adesão alarmantemente baixa entre grupos prioritários, com apenas 34,88% vacinados. O governo ampliou a vacinação para todos acima de seis meses e a vacina será parte do Calendário Básico em 2025.