A hesitação vacinal, discutida no Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, exige diálogo e confiança, não apenas informação. A construção da confiança é essencial para reverter a desconfiança nas vacinas.
A hesitação vacinal é um fenômeno complexo que vai além da desinformação, especialmente em tempos de pandemia. Durante o Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, especialistas destacaram a necessidade de uma abordagem multissetorial para enfrentar essa questão. A decisão de vacinar é influenciada por fatores como contexto social, experiências passadas e a confiança nas instituições de saúde.
O comportamento de vacinação está intimamente ligado à percepção de risco. Aqueles que se sentem vulneráveis tendem a se vacinar, mesmo cientes de possíveis efeitos adversos. Em contrapartida, quem não percebe risco pode ignorar a imunização, o que explica a baixa adesão em períodos sem surtos. Informar não é suficiente; é essencial construir confiança através do diálogo respeitoso e da escuta ativa.
No Brasil, a crise de confiança nos imunizantes se agravou, especialmente após a pandemia de Covid-19. O país, que já foi referência em vacinação, viu o crescimento de discursos antivacina, impulsionados por informações errôneas. A urgência por respostas durante a pandemia resultou em uma avalanche de publicações científicas, muitas sem revisão adequada, que continuam a circular e alimentar a desconfiança.
Um exemplo emblemático é o estudo fraudulento de Andrew Wakefield, que associou a vacina tríplice viral ao autismo. Apesar de ter sido retratado, o artigo ainda é amplamente disseminado por grupos contrários à vacinação. Médicos que levantam dúvidas infundadas sobre vacinas muitas vezes se baseiam em crenças pessoais, reforçando narrativas antivacina, especialmente nas redes sociais.
É crucial que a população hesitante seja ouvida e não julgada. Muitas vezes, essas pessoas são vítimas de um sistema que falhou em fornecer informações acessíveis e acolhimento. O diálogo empático é fundamental para reconstruir a confiança e promover decisões informadas, especialmente entre os mais vulneráveis.
Enfrentar a hesitação vacinal requer uma abordagem centrada nas pessoas e a colaboração de diversos setores. A confiança deve ser vista como um reflexo de sistemas que funcionam de maneira transparente e coerente. Nessa luta, a união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar iniciativas que promovam a vacinação como um ato coletivo de proteção e solidariedade.
Hospitais estão implementando receitas médicas eletrônicas para evitar erros de interpretação, melhorando a segurança dos pacientes e modernizando a prática médica. A caligrafia ilegível dos médicos, resultado da pressão do dia a dia e da complexidade da terminologia, é um problema reconhecido que pode ter consequências graves.
A nova exposição no Museu Inhotim celebra uma década do pavilhão de Claudia Andujar, apresentando obras de 21 artistas indígenas, como Paulo Desana, que unem arte e ativismo. A mostra, que começou em 26 de abril, destaca a luta dos povos originários e a importância de Andujar na causa yanomami. As obras, que vão além da estética, são ferramentas de protesto e refletem a vida indígena, ampliando o diálogo entre gerações e estilos artísticos.
A fibromialgia será oficialmente classificada como doença a partir de janeiro de 2026, garantindo direitos como cotas em concursos e isenção de IPI. A lei, sancionada por Luiz Inácio Lula da Silva, visa assegurar políticas públicas para os afetados.
Mulheres estão redefinindo o atletismo, com Tara Dower quebrando o recorde da Trilha dos Apalaches e Audrey Jimenez se destacando na luta livre, desafiando estereótipos de resistência e força.
Profissionais da comunicação se encontram em Paraisópolis para a terceira edição do Favela Cria, abordando inovação e mídia comunitária. O evento inclui workshops e apresentação musical de Crioleza, promovendo impacto social.
Deputada Talíria Petrone propõe lei para que empresas de aplicativo ofereçam vale-refeição aos entregadores, visando combater a insegurança alimentar entre esses trabalhadores.