A Global Footprint Network alerta que a humanidade esgotou os recursos naturais de 2025 em 24 de julho, uma semana antes do ano anterior, exigindo 1,8 planetas para sustentar o consumo atual. A crise ecológica é impulsionada pelos padrões de consumo dos países mais ricos, que devem repensar suas práticas para evitar um colapso ambiental.
Em 2025, a humanidade atingiu um marco alarmante ao consumir todos os recursos naturais que a Terra pode regenerar até o dia 24 de julho, uma semana antes do que ocorreu em 2024. Esse cenário indica um ritmo insustentável, onde seriam necessários 1,8 planetas para atender à demanda atual. A Global Footprint Network, responsável pelo cálculo do Dia da Sobrecarga da Terra, destaca que estamos vivendo em "déficit" ecológico, consumindo mais do que o planeta consegue repor.
Lewis Akenji, membro do conselho da Global Footprint Network, enfatiza que já se passaram 22 anos de regeneração que devemos ao planeta. O desequilíbrio ecológico se manifesta em várias formas, como o aumento das emissões de gases de efeito estufa, a diminuição da capacidade de absorção de CO2 e a exploração excessiva de recursos hídricos e florestais. Apesar dos alertas científicos, o consumo humano continua em alta, exigindo uma reavaliação urgente dos modelos econômicos.
A análise da Global Footprint Network também revela desigualdades significativas entre os países. Nações desenvolvidas, como Suíça, Catar e Luxemburgo, esgotam seus recursos muito antes, enquanto o Brasil registra seu Dia da Sobrecarga em 1º de agosto. Essa disparidade mostra que os padrões de consumo dos mais ricos são os principais responsáveis pela crise ecológica global. Se esses países reduzissem suas pegadas de carbono, a pressão sobre o planeta poderia ser significativamente aliviada.
Além das questões ambientais, a exploração desenfreada dos recursos naturais está ligada a crises econômicas e sociais, como inflação e insegurança alimentar. O cientista Paul Shrivastava, da Universidade Estadual da Pensilvânia, alerta que a humanidade está "tomando empréstimos do futuro", o que pode levar a uma "inadimplência" ecológica. Essa situação é considerada uma das maiores falhas de mercado da história.
A Global Footprint Network aponta que existem soluções viáveis para reverter os danos ao planeta, como a redução das emissões de combustíveis fósseis em cinquenta por cento, o que poderia adiar o Dia da Sobrecarga em três meses. As propostas incluem a criação de cidades sustentáveis, a transição energética, a reforma dos sistemas alimentares e a proteção do meio ambiente. Empresas que adotam práticas sustentáveis podem se beneficiar em um futuro de recursos limitados.
Neste contexto, a união da sociedade civil é fundamental para enfrentar os desafios impostos pela crise ecológica. Projetos que visam a sustentabilidade e a regeneração ambiental devem ser incentivados, pois podem trazer mudanças significativas para o futuro do planeta. A mobilização em torno de iniciativas que promovam a preservação e o uso consciente dos recursos naturais é essencial para garantir um lar saudável para as próximas gerações.
A ExxonMobil Brasil investiu R$ 1,1 milhão na Associação Mico-Leão-Dourado, contribuindo para o plantio de 45 mil mudas e o aumento da população de micos de 2.500 para 4.800 animais. O apoio reforça a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica.
O Ministério Público Federal (MPF) investiga a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) por irregularidades no descarte de resíduos no Rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda. A empresa MCI Reciclagem e Comércio é citada por possíveis violações ambientais.
Análise da Climate Policy Initiative revela que estados da Amazônia Legal tratam a restauração florestal como obrigação, sem conectar políticas a oportunidades de mercado, como o de carbono. A falta de governança dificulta a implementação integrada das ações necessárias.
Entre 1985 e 2024, 24% do Brasil queimou, totalizando 206 milhões de hectares. Em 2024, os incêndios aumentaram 62%, com destaque para o Pantanal e mudanças na vegetação afetada.
A Antártida enfrenta a segunda menor área de gelo marinho registrada, com impactos diretos na cadeia alimentar, especialmente no krill, essencial para a vida marinha. Cientistas alertam sobre a necessidade urgente de proteção.
Estudo revela que microplásticos, antes considerados inofensivos ao cérebro, estão associados a um aumento de doenças crônicas em áreas costeiras. Pesquisadores alertam para os riscos à saúde pública.