Isabel Schmidt, da UnB, discute a importância do manejo do fogo no Cerrado e os avanços na regulamentação no DF, destacando a necessidade de um arcabouço legal para seu uso controlado.

Os incêndios florestais e a degradação do Cerrado foram discutidos em uma entrevista com Isabel Schmidt, professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB). A conversa, realizada no programa CB.Poder, destacou a importância da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que busca uma abordagem estratégica para o uso controlado do fogo no meio ambiente. Isabel enfatizou que o fogo pode ser uma ferramenta útil para a conservação, desde que utilizado de maneira planejada e segura.
A legislação atual reconhece a necessidade do uso do fogo em contextos específicos e regulamenta essa prática. O desafio é garantir que o fogo seja uma ferramenta de manejo e não uma emergência, como ocorre com os incêndios. No Distrito Federal, o uso do fogo como ferramenta de manejo ainda é limitado, embora o Cerrado seja um bioma naturalmente propenso ao fogo. Isabel mencionou que as áreas federais do DF têm avançado no manejo do fogo, mas o governo local ainda precisa regulamentar melhor essa prática.
Os incêndios na Floresta Nacional de Brasília, que ocorreram devido à falta de manejo, foram exacerbados pela presença de espécies exóticas altamente inflamáveis. Isabel destacou que, sem ações de manejo, os incêndios teriam sido mais intensos. As queimadas controladas realizadas por brigadas em áreas manejadas mostraram resultados positivos, com menos material combustível e menor mortalidade de plantas e animais.
Atualmente, a UnB estuda os efeitos de diferentes tipos de fogo, especialmente em relação às plantas e ao clima. As queimadas de manejo, realizadas no início da seca, causam menos danos e emitem menos gases de efeito estufa. Isabel argumentou que a adoção de uma política de "fogo zero" pode resultar em um acúmulo de material seco, aumentando o risco de grandes incêndios.
Embora o cenário atual seja mais tranquilo em comparação ao ano anterior, com um aumento de 26% na contratação de brigadistas, Isabel alertou que isso não deve levar à complacência. O governo federal tomou medidas para garantir recursos financeiros a estados e municípios, promovendo ações coordenadas para implementar o manejo integrado do fogo.
Os estados que estão mais avançados na regulamentação do manejo do fogo, como Mato Grosso do Sul, têm seguido as diretrizes estabelecidas pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo. A criação de um arcabouço legal é essencial para que cada estado e município possa regulamentar o uso do fogo de forma segura e responsável. Nessa situação, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a conservação e o manejo sustentável do Cerrado.

Em julho de 2025, o Brasil registrou a menor área queimada desde 2019, com 748 mil hectares, refletindo uma queda de 40% em relação ao ano anterior. A Amazônia teve uma redução de 65% nas queimadas, mas o Cerrado continua sendo o bioma mais afetado.

Manguezais da Reserva Biológica de Guaratiba, no Rio de Janeiro, estão se deslocando 300 metros para o interior devido à elevação do nível do mar, conforme pesquisa do NEMA/Uerj. Essa mudança gera preocupações sobre a perda de serviços ecossistêmicos essenciais, como a proteção contra inundações e a regulação do clima.

Armadilhas fotográficas no Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença, revelaram a presença de seis espécies de felinos, incluindo onças ameaçadas de extinção. O Inea e o Projeto Aventura Animal destacam a importância dessa descoberta.

A Vivo se compromete a alcançar a neutralidade de carbono até 2035, reduzindo 90% de suas emissões diretas desde 2015, mas enfrenta desafios com as emissões indiretas, que representam 93% do total. A empresa engajou fornecedores intensivos em carbono, aumentando o comprometimento em ações climáticas de 30% para 87%.

Antonio Basile presenteou seu filho e nora com uma colmeia de abelhas-europeias, que inspirou a criação da Mbee, uma das maiores distribuidoras de mel nativo do Brasil, unindo 80 meliponicultores em 16 estados.

A Biofábrica de Corais, em Porto de Galinhas, salvou 20% das colônias de corais após uma onda de branqueamento global, recebendo reconhecimento da Unesco como projeto exemplar na Década do Oceano.