Iniciar a prática de exercícios após os 50 anos pode reduzir em até 35% o risco de morte e melhorar a saúde física e mental, mesmo para sedentários de longa data. A ciência comprova que nunca é tarde para mudar.
É comum ouvir que, após os 50 anos, não vale a pena iniciar a prática de atividades físicas. No entanto, a biologia e a epidemiologia demonstram que essa crença está equivocada. Pesquisas recentes indicam que pessoas sedentárias que começam a se exercitar nessa faixa etária podem reduzir em até 35% o risco de morte por todas as causas, além de promover melhorias significativas na saúde física e mental.
O Brasil enfrenta um rápido envelhecimento populacional. Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em menos de 15 anos, um em cada três brasileiros terá mais de 50 anos. Atualmente, mais da metade desse grupo é sedentária, contribuindo para o aumento de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e depressão.
Estudos publicados no JAMA Network Open e no British Journal of Sports Medicine reforçam que iniciar exercícios após os 50 anos traz benefícios substanciais. Além da redução do risco de morte, os exercícios melhoram a pressão arterial, os níveis de glicose e colesterol, o sono, a memória e a autonomia funcional. O exercício físico atua em quase todos os sistemas do corpo, reduzindo a inflamação crônica e preservando a massa muscular.
A revisão sistemática de Northey et al. (2018) destaca que a atividade física melhora a função cognitiva em adultos acima de 50 anos, independentemente do estado cognitivo inicial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos nessa faixa etária realizem de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada por semana, além de exercícios de fortalecimento muscular em dois ou mais dias.
Como médica e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), testemunhei o impacto positivo da atividade física em pacientes. Muitos que chegaram exaustos e limitados, após iniciarem caminhadas e sessões de fortalecimento, não apenas melhoraram seus parâmetros clínicos, mas também recuperaram a autoestima e a alegria de viver.
Iniciar a prática de exercícios deve começar com uma avaliação médica adequada, respeitando limitações individuais. Atividades seguras e progressivas, como caminhadas curtas e alongamentos, são recomendadas. A transformação emocional que o exercício proporciona é significativa, devolvendo o senso de controle e combatendo o isolamento. Em um cenário de desafios no envelhecimento e na saúde pública, a união da sociedade pode fazer a diferença, promovendo iniciativas que incentivem a prática de atividades físicas entre os mais velhos.
Teatro de Contêiner Mungunzá enfrenta despejo em São Paulo, levantando questões sobre a falta de alternativas para moradia e a expulsão de populações vulneráveis do centro. O espaço é vital para a cultura e inclusão social.
A Geração Z exige que as empresas priorizem a saúde mental como uma necessidade essencial, não um benefício. Organizações estão implementando práticas que promovem bem-estar e retenção de talentos.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) lançou um cartão de crise para pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), visando um atendimento mais rápido e seguro em crises psíquicas. A iniciativa, que é voluntária, permite que os pacientes compartilhem informações essenciais com familiares e profissionais de saúde, promovendo autonomia e cuidado personalizado. O cartão será gerado de forma padronizada, garantindo eficiência e uniformidade em todos os Caps.
O Icesp anunciou os finalistas da 16ª edição do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, destacando inovações em oncologia, como um inibidor contra leucemia e novas tecnologias para detecção de câncer. A premiação ocorrerá em agosto.
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Estudo da oncologista Abna Vieira na ASCO 2025 revela que mulheres negras enfrentam diagnósticos mais avançados e mortalidade superior por câncer de colo do útero, destacando a urgência de medidas antiracistas na saúde.