Pesquisadores e vinícolas do Rio Grande do Sul adotam novas tecnologias para enfrentar desafios climáticos na vitivinicultura, resultando em uma safra excepcional. A Serra Gaúcha, apesar da estiagem em outras regiões, obteve alta qualidade na produção de uvas, com práticas inovadoras que garantem resiliência e sustentabilidade.

Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul tem enfrentado desafios climáticos, como estiagens e enchentes, que impactam a agricultura, especialmente a vitivinicultura na Serra Gaúcha. Para enfrentar essas adversidades, pesquisadores e vinícolas têm adotado novas técnicas e tecnologias, como cultivares híbridas e sistemas de irrigação, resultando em uma safra excepcional. Apesar de um terço do estado estar com deficiência hídrica, a Serra Gaúcha se destacou com uma colheita de uvas de alta qualidade, encerrada em 20 de fevereiro, um mês antes do habitual.
A maturação uniforme das uvas e a ausência de podridão indicam que a estiagem leve beneficiou a produção. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) tem se concentrado na instalação de unidades de referência tecnológica em microbacias da Serra Gaúcha. O objetivo é mapear áreas de risco e alinhar soluções com os produtores, incluindo a escolha de vegetação adequada para cada tipo de parreiral, visando a preservação ambiental e a mitigação dos efeitos climáticos.
Em regiões afetadas pela seca, a Embrapa também estuda a viabilidade de reservatórios de água, considerando a proteção de nascentes e a escolha de espécies de reflorestamento adequadas. Essas iniciativas visam garantir maior resistência ao deslizamento em áreas inclinadas, que representam cerca de trinta por cento da vitivinicultura da Serra Gaúcha. O uso de cultivares que exigem menos tratamento fitossanitário é uma tendência crescente, promovendo um melhor balanço de carbono e a possibilidade de certificações de produção sustentável.
A organização dos parreirais e a adoção de sistemas de irrigação são fundamentais para a produtividade em períodos de estiagem. Atualmente, um terço dos vinhedos do estado conta com algum sistema de irrigação, essencial para o desenvolvimento das videiras. Além disso, a tecnologia antigranizo, já utilizada em quinze municípios de Santa Catarina, tem se mostrado eficaz na proteção das plantações contra pedras de granizo, utilizando iodeto de prata para minimizar os danos.
Daniela Chesini Zottis, enóloga e sócia da Casa Zottis Vinhos e Uvas, destaca a importância das tecnologias implementadas, como irrigação e cobertura vegetal, que garantem a produtividade sem perda de nutrientes. As soluções adotadas têm sido eficazes, mesmo diante de condições climáticas adversas, como o excesso de chuvas. A combinação de práticas inovadoras e a adaptação às mudanças climáticas sinalizam um futuro promissor para a vitivinicultura gaúcha.
Essas iniciativas demonstram que a união entre produtores, pesquisadores e a comunidade pode gerar um impacto significativo na vitivinicultura da região. Projetos que visam a sustentabilidade e a resiliência das plantações devem ser apoiados pela sociedade civil, garantindo que a vitivinicultura gaúcha continue a prosperar, mesmo diante dos desafios climáticos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou 63 dispositivos do projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental, priorizando a proteção ambiental e os direitos indígenas. O governo enviou um novo projeto ao Congresso para corrigir lacunas.

Estudo revela que o aquecimento global pode aumentar em até 10% a mortalidade das árvores na Amazônia, impactando as emissões de gases de efeito estufa, comparáveis à Alemanha. Pesquisadores alertam para a gravidade da situação.

O Conselho Nacional de Justiça se reunirá com a Associação Brasileira de Normas Técnicas para discutir a norma Justiça Carbono Zero, que exige a redução de emissões de carbono no Judiciário até 2030. A iniciativa inclui inventários anuais e metas de redução, alinhando o Judiciário à agenda climática nacional, especialmente com a proximidade da COP 30 no Brasil.

Durante a celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário executivo João Paulo Capobianco debateram a tramitação do projeto de lei sobre licenciamento ambiental, criticando sua aceleração no Senado. Capobianco alertou que a versão aprovada compromete a estrutura do sistema de licenciamento, retrocedendo em termos de prevenção de impactos ambientais. O governo busca agora um consenso que preserve os avanços ambientais.

Estudo da Unesp alerta que mudanças climáticas podem reduzir áreas adequadas para cultivo da erva-mate de 12,25% para apenas 2,2% até o final do século, impactando a produção e o custo.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, lamenta a aprovação do PL do licenciamento ambiental, que pode causar devastação. Ela destaca a violência política de gênero e a urgência de uma mudança cultural para a proteção ambiental.