Um consórcio levantou US$ 60 milhões para financiar a produção de soja livre de desmatamento no Brasil, em resposta à suspensão da Moratória da Soja pelo Cade. O objetivo é alcançar US$ 200 milhões na próxima safra.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspendeu a Moratória da Soja, o que levanta preocupações sobre o desmatamento na Amazônia e a sustentabilidade da produção de soja no Brasil. Em resposta a essa situação, um consórcio de investidores demonstrou interesse em financiar a produção de soja livre de desmatamento, levantando US$ 60 milhões por meio de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) verde, denominado RFC Cerrado.
O consórcio, que inclui a consultoria Sustainable Investment Management (SIM), a fintech Traive e a securitizadora Opea, conseguiu captar recursos de investidores estrangeiros. O CRA foi criado em 2022 para atender à demanda de supermercados britânicos, que buscam garantir uma produção sustentável de soja, evitando a necessidade de abrir novas áreas para atender ao aumento da demanda.
Na primeira emissão, o consórcio obteve um aporte de US$ 11 milhões de redes como Tesco, Sainsbury’s e Waitrose. No ano seguinte, o montante cresceu para US$ 47 milhões, com investimentos do Rabobank, do fundo Agri3 e do Santander. No entanto, em 2024, o consórcio adotou uma postura mais conservadora, investindo apenas US$ 6 milhões, aguardando uma melhor compreensão do mercado.
Para a próxima safra, a expectativa é alcançar US$ 200 milhões em captação. O CRA utiliza uma estrutura de blended finance, combinando capital catalítico com investidores de mercado, oferecendo empréstimos a produtores com juros entre 8,5% e 9,5% ao ano em dólar. Os recursos devem beneficiar cerca de 280 propriedades rurais, com uma produção estimada de 240 mil toneladas de soja livre de desmatamento.
A Traive será responsável pela seleção dos produtores, utilizando uma rede de clientes que acessam sua plataforma de crédito. A Opea cuidará da securitização. O diretor de negócios da Traive, Maurício Quintella, destacou que a eficiência na originação é fundamental, analisando quase dois mil candidatos para garantir a preservação ambiental.
Com a ambição de conservar cerca de 90 mil hectares de vegetação nativa, o consórcio enfrenta o desafio de atrair investidores em um mercado sensível ao retorno financeiro. A união de esforços pode ser crucial para apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a preservação ambiental, contribuindo para um futuro mais verde e responsável.
Ibama e UFSM firmam acordo para gestão do Cetas em Santa Maria, visando reabilitar fauna silvestre e promover educação ambiental. A parceria reforça o compromisso com a conservação da biodiversidade no Brasil.
Ativistas e indígenas protestam em Brasília por uma transição energética justa na COP30. Durante o ato, uma faixa de 30 metros e painéis solares foram levados ao Itamaraty, destacando a urgência de ouvir os povos originários nas negociações climáticas. A COP30, que ocorrerá em Belém, abordará temas cruciais como justiça climática e financiamento ambiental.
O Brasil se destaca como um polo de investimento em soluções baseadas na natureza, com projetos avaliados em US$ 12 bilhões, segundo Tony Lent, cofundador da Capital for Climate. Atraindo interesse global, o país apresenta oportunidades lucrativas em reflorestamento e recuperação de pastagens degradadas, essenciais para mitigar emissões de carbono e preservar a biodiversidade.
A pesquisa do Ideia Instituto de Pesquisa revela que a sociedade brasileira vê o hidrogênio de baixa emissão como solução para a mobilidade, com 26% acreditando que o Brasil pode ser referência global. A descarbonização da navegação é urgente e necessária.
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