O Brasil aumentou o investimento em educação, mas a evasão escolar cresce em 13 estados. O programa Pé-de-Meia busca reverter essa situação, alinhando-se ao novo arcabouço fiscal.

O Brasil tem aumentado os investimentos em educação, mas os resultados ainda são insatisfatórios. Entre 2013 e 2023, o gasto médio por aluno na educação básica cresceu cerca de cinquenta por cento, atingindo R$ 12,5 mil por estudante. A reformulação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) tornou o financiamento mais redistributivo, permitindo que estados e municípios historicamente subfinanciados ampliassem sua capacidade orçamentária. Contudo, a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais avançou apenas 2,6 pontos percentuais entre 2010 e 2022.
No ensino médio, a matrícula é alta, com noventa e três vírgula quatro por cento dos jovens matriculados. No entanto, apenas sessenta e quatro por cento dos mais pobres frequentam a série adequada à idade, o que evidencia a defasagem e a evasão como fragilidades do sistema educacional. Estados como Roraima, que investem alto por aluno, apresentam algumas das piores taxas de escolarização, enquanto Ceará e Pernambuco, com investimentos mais modestos, têm avançado devido à gestão pedagógica eficaz e foco em alfabetização.
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) destacou que o aumento de recursos é necessário, mas não garante avanços sem qualidade no gasto e foco em resultados. Em 2023, dezessete estados aumentaram suas despesas via Fundeb, mas em treze deles a proporção de jovens fora da escola também cresceu. Isso indica que o problema não está apenas na quantidade de recursos, mas na forma como são alocados.
A cultura de avaliação no Brasil ainda é incipiente, e o ciclo orçamentário raramente se baseia em evidências. Ferramentas como o spending review, comuns em democracias maduras, precisam ser adotadas para melhorar a gestão fiscal e educativa. Nesse cenário, o programa Pé-de-Meia, criado pelo Ministério da Educação para reduzir a evasão no ensino médio por meio de incentivos financeiros, é uma medida promissora, desde que esteja alinhada ao novo arcabouço fiscal.
O novo Plano Nacional de Educação, atualmente em discussão no Congresso, representa uma oportunidade para reformular a estratégia nacional com base em diagnósticos rigorosos, metas realistas e monitoramento contínuo. É essencial garantir equidade e vincular o aumento do gasto a políticas com impacto comprovado, como escolas de tempo integral e formação docente continuada. A história recente mostra que é possível avançar mesmo em contextos adversos.
Para transformar investimentos em aprendizagem, é fundamental implementar mecanismos que corrijam o curso quando necessário. A educação de qualidade é cara, mas o desperdício é ainda mais custoso. Nessa luta por melhorias, a união da sociedade pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que visem a inclusão e a equidade na educação, garantindo um futuro melhor para todos.

Em 2024, o Brasil registrou 1.092 cidades sem oferta de Educação de Jovens e Adultos (EJA), apesar da obrigatoriedade legal. O governo lançou o Pacto EJA para criar 3,3 milhões de matrículas e equiparar o financiamento com o ensino regular.

Novo sistema do Cadastro Único, em vigor desde março, utiliza CPF como chave única, facilitando a identificação e atualização de dados. A mudança visa combater fraudes e modernizar o acesso a benefícios sociais.

O INSS e o Ministério da Previdência Social aumentaram o prazo de concessão do auxílio-doença via Atestmed para até 60 dias, após críticas à redução anterior. A medida é válida por 120 dias e visa aliviar a fila de quase 4 milhões de segurados.

Estão abertas as inscrições para o Programa Aristides Pacheco Leão de Estímulo a Vocações Científicas 2025/2026, com 120 bolsas de até R$ 29 mil para estágios de 35 a 50 dias. Oportunidade para alunos de graduação!

O CIEE oferece mais de 40 cursos gratuitos online durante as férias de julho, focando no desenvolvimento profissional e com certificação. Os cursos são acessíveis na plataforma CIEE Saber Virtual.

Um estudo revela que escolas públicas estaduais em São Paulo apresentam até 27 vezes mais desordem que as particulares, impactando o bem-estar dos adolescentes. A pesquisa, com 2.680 estudantes, destaca a degradação nas instalações e seu efeito no comportamento juvenil.