Jovens que saem de instituições de acolhimento enfrentam desafios ao atingir a maioridade. O projeto Jovem em Movimento oferece suporte e oficinas para facilitar essa transição e promover autonomia.
Em 2024, vinte e dois adolescentes deixaram instituições de acolhimento no Distrito Federal ao completarem dezoito anos. Essa transição, que deveria ser um marco de autonomia, frequentemente se torna um desafio, marcado pela falta de apoio e preparação para a vida adulta. David Alcides, um dos jovens que passou por essa experiência, expressa a realidade de muitos ao afirmar que “os sonhos vão se apagando com o tempo por conta das dificuldades da vida adulta”.
David, que entrou no sistema de acolhimento aos dez anos, agora vive com a irmã e trabalha em uma pizzaria enquanto cursa o ensino médio. Ele relata que saiu do abrigo sem o preparo necessário para lidar com tarefas cotidianas e burocráticas. A psicóloga Aline Ferreira, coordenadora do abrigo Lar São José, critica a forma como o desligamento é tratado, questionando a lógica que transforma jovens prioritários em invisíveis ao atingirem a maioridade.
Para amenizar essa transição abrupta, o Lar São José mantém os jovens por alguns meses após completarem dezoito anos, oferecendo suporte até que estejam prontos para a vida independente. Luis Felipe Barbosa, que também está em processo de desligamento, encontrou um novo sentido para a vida no abrigo e sonha em conquistar estabilidade e retornar para mostrar suas conquistas.
Ana Clara Alcântara, de dezessete anos, planeja reunir seus irmãos em um novo lar e já adquiriu habilidades práticas para essa nova fase. Ágatha Lima de Oliveira, também com dezessete anos, enfrenta a iminência da maioridade com uma mistura de medo e empolgação, sonhando em cursar medicina e conquistar sua independência.
Especialistas, como a promotora de Justiça Luisa de Marillac, alertam que muitos jovens são deixados à própria sorte ao completarem dezoito anos, sem o suporte necessário em áreas fundamentais como moradia e emprego. A conselheira Luiza Martins destaca a ausência de políticas públicas integradas que garantam uma transição digna para esses jovens, enfatizando a necessidade de acompanhamento contínuo.
Para enfrentar esses desafios, o projeto Jovem em Movimento foi criado pelo Grupo Aconchego, visando oferecer suporte contínuo a jovens em processo de desligamento. A iniciativa busca promover oficinas práticas e desenvolver uma metodologia que possa ser transformada em políticas públicas concretas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir que esses jovens tenham a oportunidade de construir um futuro digno e promissor.
O Capítulo Brasil do Comitê Pan-Americano de Juízes e Juízas para os Direitos Sociais e Doutrina Franciscana (Copaju) foi inaugurado na Universidade Católica de Brasília, promovendo ações sociais em defesa das minorias. O reitor Carlos Longo destacou a importância do comitê, idealizado pelo papa Francisco, e a atuação nacional que envolverá estudantes e professores em um trabalho multidisciplinar voltado à justiça social.
O Amapá se junta ao Programa Acredita no Primeiro Passo, com foco em qualificação de empreendedores e segurança alimentar, visando combater a pobreza e promover a inclusão social. O ministro Waldez Góes destaca a importância da iniciativa para transformar a realidade local.
Ator Alan Rocha denuncia agressão racista contra seu filho com deficiência em colégio no Rio de Janeiro. A escola suspendeu o agressor, mas o caso continua em discussão.
O Instituto Pretos Novos lançará o circuito “Mercado a Mercado” em 26 de julho, conectando os mercados de escravizados da Rua Direita e do Valongo, promovendo uma reflexão sobre a história da escravidão no Rio de Janeiro.
A presidente da Anadep, Fernanda Fernandes, destacou a campanha Justiça Climática, que conecta direitos humanos e meio ambiente, em entrevista sobre o acesso à Justiça no Brasil, que abrange apenas 52% das comarcas.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) liberou R$ 14,5 milhões para 35 municípios afetados por desastres em diversos estados, com critérios técnicos da Defesa Civil Nacional. Os recursos visam apoiar ações emergenciais e são fundamentais para a recuperação das cidades impactadas.