Impacto Social

L’Oréal e Movimento pela Equidade Racial lançam Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro

O Grupo L’Oréal e o Movimento pela Equidade Racial lançam o Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro para combater o racismo no varejo de luxo e promover a equidade racial. A iniciativa surge após pesquisa que identificou práticas discriminatórias e propõe normas para melhorar a experiência de compra de consumidores negros.

Atualizado em
May 17, 2025
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Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro é baseado no Código de Defesa do Consumidor (CDC) — Foto: Divulgação

O Grupo L’Oréal, em parceria com o Movimento pela Equidade Racial (Mover), lançou o Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro, uma iniciativa voltada para combater o racismo no varejo, especialmente no setor de beleza de luxo. O Código, inspirado no Código de Defesa do Consumidor (CDC), visa revisar as práticas de atendimento nas lojas e fomentar o debate sobre os direitos do consumidor negro no Brasil.

A proposta surgiu em resposta a uma pesquisa realizada pela divisão de luxo da L’Oréal, que identificou 21 práticas racistas durante a experiência de compra do consumidor negro. O novo Código apresenta um conjunto de dez normas que, embora não tenham validade jurídica, buscam combater manifestações sutis de racismo e promover um ambiente mais inclusivo.

Natália Paiva, diretora executiva do Mover, destacou que o Código representa um avanço significativo na luta contra o racismo, enfatizando a necessidade de um esforço coletivo para erradicar preconceitos. Segundo ela, o Código oferece caminhos concretos para que a experiência de compra dos consumidores negros seja marcada pela igualdade e respeito.

Bianca Ferreira, responsável pela Comunicação e Diversidade da L’Oréal Luxo, ressaltou que a empresa, como líder de mercado, tem a responsabilidade de incentivar a adoção do Código por outras companhias. Ela afirmou que não é necessário que as normas se tornem leis para que sejam implementadas, enfatizando a importância da autorregulamentação antirracista.

A jurista Dione Assis, fundadora da Black Sisters in Law e colaboradora no desenvolvimento do Código, mencionou que a nova proposta oferece uma oportunidade de criar um mercado mais representativo e valorizador. Ela destacou que, embora o CDC já contenha leis contra discriminação, o novo Código é uma chance de dar voz às experiências de discriminação vividas por consumidores negros.

Essa iniciativa é um convite à sociedade civil para se unir em prol de um ambiente de consumo mais justo e igualitário. Projetos que visem apoiar a implementação de normas como essa são fundamentais para garantir que todos os consumidores se sintam respeitados e valorizados em suas experiências de compra.

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