Vídeos sexualizados com imagens geradas por inteligência artificial, que exploram a síndrome de Down, geram polêmica e propostas de criminalização no Congresso. Especialistas alertam sobre desumanização e discurso de ódio.
Nos últimos meses, vídeos sexualizados com imagens geradas por inteligência artificial, que retratam a síndrome de Down, têm circulado nas redes sociais. Essas produções, que frequentemente apresentam jovens com feições alteradas, visam atrair visualizações e direcionar o público a perfis pagos na plataforma OnlyFans, onde é oferecido conteúdo de teor sexual. Essa prática levanta preocupações sobre a fetichização e a desumanização de pessoas com deficiência intelectual.
Especialistas alertam que esse tipo de conteúdo promove uma desumanização contínua. A influenciadora digital Cacai Bauer, que possui síndrome de Down, criticou a utilização indevida dessas imagens, afirmando que a tecnologia está sendo usada para reforçar estigmas e alimentar fantasias desumanas. Ela enfatiza que corpos com deficiência não devem ser vistos como fetiches, mas como pessoas com identidade e limites.
A manipulação digital de imagens, especialmente aquelas que simulam deficiências, pode ser enquadrada como crime. Propostas de legislação estão em tramitação no Congresso, como o Projeto de Lei 3.821/2024, que visa criminalizar a divulgação de nudez falsa, com penas que variam de dois a seis anos de reclusão. A discussão sobre a regulamentação do uso da inteligência artificial no Brasil também está em andamento, com propostas que buscam proteger a dignidade e os direitos das pessoas.
Segundo especialistas, o uso de imagens sintéticas em contextos sexuais pode configurar crime ou violação de direitos fundamentais, mesmo que não se trate de uma pessoa identificável. A advogada Gisele Karassawa destaca que o uso não autorizado de características pessoais pode resultar em responsabilização civil por danos morais. A situação é ainda mais grave quando se considera a vulnerabilidade das pessoas com deficiência.
Além das questões legais, o uso de inteligência artificial para criar conteúdos sexualizados pode ser classificado como discurso de ódio. A exploração de características sensíveis de uma população vulnerável pode levar a ações civis públicas e reconhecimento de danos morais coletivos. A proteção dos dados sensíveis, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados, também é um aspecto importante a ser considerado, já que a associação de elementos biométricos a grupos específicos pode comprometer a privacidade e a dignidade.
É fundamental promover a educação sobre o uso responsável da tecnologia, especialmente entre crianças e adolescentes. A conscientização sobre o que é gerado por inteligência artificial pode ajudar a evitar o compartilhamento de conteúdos prejudiciais. Projetos que visem apoiar a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência devem ser incentivados pela sociedade civil, promovendo um ambiente mais respeitoso e inclusivo.
Neste sábado, a Praça Mauá recebeu o Projeto Aquarius, com apresentações da Orquestra Sinfônica Brasileira e artistas como Martinho da Vila, atraindo um público diversificado, incluindo idosos e jovens músicos. O evento, que já é tradição desde os anos 1980, promoveu um ambiente de celebração musical, onde gerações se encontraram para apreciar a arte em um espaço bem estruturado e agradável.
A nova Tarifa Social de energia elétrica, que começa em julho de 2025, promete isenção ou descontos para 110 milhões de brasileiros de baixa renda, com penalidades severas para fraudes. A proposta, do Ministério de Minas e Energia, aguarda aprovação do Congresso e visa reduzir desigualdades no acesso à energia.
Inaugurada a sala Luzes de África no Museu Nova Friburgo, a exposição permanente revela a contribuição histórica dos negros na formação da cidade, com 25 peças do século XIX. A iniciativa busca reparar o apagamento da história negra, destacando seu legado cultural e social.
A fibromialgia foi reconhecida como deficiência física pela Lei nº 15.176/2025, beneficiando cerca de 3% da população brasileira com acesso a direitos e políticas públicas. Essa mudança promove maior empatia e visibilidade para os pacientes, que enfrentam a dificuldade de comprovar a condição devido à ausência de biomarcadores. O tratamento deve ser individualizado, focando na qualidade de vida e no controle dos sintomas através de exercícios, medicamentos e terapias complementares, como yoga.
Estudo da Unesp revela que a atividade física dos pais impacta diretamente o sedentarismo dos filhos, com a influência materna sendo mais significativa. Resultados podem orientar políticas de saúde pública.
Bergson Gurjão Farias, estudante e ativista político desaparecido em 1972, receberá um diploma post mortem da Universidade Federal do Ceará em homenagem ao seu legado. A cerimônia ocorrerá no dia 16, às 17h30, e emocionará sua família.