Mães de crianças com deficiência, como Fernanda e Camila, enfrentam a difícil escolha de abandonar suas carreiras devido à falta de apoio e políticas públicas adequadas, evidenciando a necessidade de inclusão no mercado de trabalho.
Em 2024, mães de crianças com deficiência, como Fernanda e Camila, relatam desafios significativos no mercado de trabalho, destacando a necessidade urgente de políticas públicas e suporte emocional. Essas mulheres enfrentam uma carga emocional intensa, muitas vezes abandonando suas carreiras para cuidar de seus filhos. Fernanda, do Mato Grosso, deixou sua profissão na saúde pública para cuidar de Gabriel, que nasceu com múltiplas condições de saúde. Ela compartilha que sua vida mudou drasticamente, priorizando as conquistas diárias do filho.
Camila, de São Paulo, também precisou deixar seu emprego no setor de tecnologia para cuidar de Arthur, diagnosticado com uma síndrome rara. Inicialmente, tentaram equilibrar trabalho e cuidados, mas logo perceberam que a saúde do filho estava comprometida. Camila decidiu se demitir para garantir que Arthur recebesse a atenção necessária. Ambas as mães utilizam redes sociais para compartilhar suas experiências e desafios, criando uma comunidade de apoio.
A falta de uma rede de apoio formal é um fator comum entre essas mães. Patrícia Salvatori, pesquisadora e mãe de uma criança com deficiência, afirma que a romantização da figura da "mãe guerreira" esconde a realidade de muitas mulheres que se veem forçadas a abandonar suas carreiras. Dados preliminares de sua pesquisa indicam que setenta por cento das mães interrompem suas atividades profissionais após o diagnóstico de seus filhos.
Além da interrupção da carreira, essas mães enfrentam salários menores e a constante ameaça de demissão. Patrícia destaca que muitas delas acabam em situação de vulnerabilidade financeira, o que afeta diretamente sua saúde emocional. A falta de políticas públicas adequadas e creches especializadas agrava a situação, tornando a reintegração ao mercado de trabalho ainda mais difícil.
Daiane Gomes, acompanhante terapêutica, relata que, após sete anos, conseguiu retornar ao trabalho, mas a realidade ainda é desafiadora. Ela observa que o estereótipo da "mãe guerreira" não reflete a exaustão e a solidão que muitas enfrentam. A falta de empatia e compreensão da sociedade em relação às suas realidades é um obstáculo constante. A psicóloga Mariana Bonnas ressalta que o acolhimento deve se traduzir em ações concretas, como políticas que atendam às necessidades específicas dessas mães.
Empresas têm um papel crucial na inclusão dessas mães, oferecendo políticas de trabalho flexíveis e apoio psicológico. A Rede Mães Atípicas propõe iniciativas que visam integrar essas mulheres no mercado de trabalho, reconhecendo suas habilidades e necessidades. A união da sociedade pode fazer a diferença, promovendo um ambiente mais justo e inclusivo, onde mães de crianças com deficiência possam ser respeitadas e apoiadas em suas jornadas.
O Observatório de Violência Obstétrica do Paraná registrou 83 denúncias entre outubro de 2022 e outubro de 2024, com destaque para a violência emocional. Análise das ocorrências será divulgada em breve.
Nesta quinta-feira (17), o projeto social Escrevendo Futuros encerra suas atividades com premiação, lançamento de um livro colaborativo e distribuição de cestas básicas aos jovens participantes. A iniciativa, que envolveu 25 jovens da comunidade Indiana, no Complexo do Borel, promoveu oficinas criativas e debates, estimulando a leitura e a expressão escrita. Idealizado por Clarissa Kahane e Heder Braga, o projeto é um desdobramento de ações anteriores e visa transformar vidas por meio da literatura.
O podcast "Cria Histórias" revela a luta histórica de crianças no Brasil por direitos trabalhistas e educação, destacando sua resistência em greves e ocupações. A série conecta passado e presente, abordando o impacto do ambiente digital na infância.
Sete anos após o incêndio que devastou o Museu Nacional, o apoio prometido pela Petrobras para sua reconstrução ainda não chegou, enquanto Vale, Bradesco e BNDES já doaram R$ 50 milhões e R$ 100 milhões, respectivamente.
O governo brasileiro, por meio do secretário Gilberto Carvalho, planeja uma nova regulamentação para motoristas de aplicativos, buscando garantir remuneração mínima e transparência nas plataformas. Apesar do apoio dos trabalhadores, há ceticismo sobre a efetividade da proposta no Congresso.
A 2ª Turma Cível do TJDFT proibiu financeiras de bloquear celulares como garantia de empréstimos, visando proteger consumidores vulneráveis. A decisão, unânime, impõe multas e exige a remoção de aplicativos coercitivos.