Marcelo Leite participou de um estudo clínico sobre DMT, extraído da jurema-preta, destacando seu potencial antidepressivo e a busca por integrar substâncias psicoativas no SUS. A pesquisa visa oferecer novas alternativas para o tratamento da depressão.
Marcelo Leite, colunista da Folha, participou como voluntário em um estudo clínico na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde inalou DMT, uma substância derivada da jurema-preta. Essa planta, central na religião catimbó, tem sido alvo de perseguições históricas e agora inspira pesquisas sobre o uso de psicodélicos em tratamentos médicos. O livro de Leite, "A Ciência Encantada de Jurema", explora essa conexão e os desafios enfrentados por essa prática religiosa.
A jurema-preta, abundante na caatinga, é fundamental para o catimbó, uma religião afroindígena predominante no sertão nordestino. Leite destaca que, enquanto a ayahuasca é amplamente reconhecida, a jurema permanece menos conhecida, apesar de seu potencial terapêutico. O autor menciona que a jurema foi historicamente vista de forma negativa, com referências literárias e relatos de autoridades que a associavam a comportamentos "loucos" e "diabólicos".
No estudo clínico, Leite descreve a experiência com DMT como transformadora. Na primeira inalação, ele sentiu uma "leveza enorme", enquanto a segunda dose foi comparada a "decolar num foguete". A Organização Mundial da Saúde aponta que cinco por cento da população adulta apresenta algum grau de depressão, e os antidepressivos atuais não são eficazes para um terço dos pacientes. Leite afirma que a DMT pode oferecer resultados rápidos e sustentados, com melhorias significativas nos sintomas de depressão.
O autor também reflete sobre as razões pelas quais a jurema não alcançou a mesma popularidade que a ayahuasca. Ele sugere que a prática da jurema era frequentemente realizada em segredo devido à repressão social e policial, resultando em um estigma que a associa a práticas "maléficas". Enquanto isso, a ayahuasca se beneficia de uma romantização da cultura indígena, o que não ocorre com a jurema, que é mais representativa da miscigenação brasileira.
Leite, que se identifica como ateu, relata que sua participação em rituais catimbozeiros ampliou sua perspectiva sobre essas práticas. Ele reconhece que, com sua formação em jornalismo científico, sua visão anterior poderia ser crítica, mas agora ele demonstra um respeito maior por essas manifestações culturais. O autor também menciona o trabalho do Instituto do Cérebro da UFRN, que busca integrar substâncias psicoativas no Sistema Único de Saúde (SUS), apesar da resistência conservadora.
O livro de Leite não apenas documenta sua experiência, mas também propõe uma reflexão sobre a aceitação de psicodélicos na medicina moderna. A pesquisa sobre DMT e outros psicodélicos está ganhando força, especialmente nos Estados Unidos, onde figuras públicas defendem seu uso terapêutico. Projetos que buscam promover a pesquisa e o uso responsável de substâncias como a jurema-preta podem ser fundamentais para o avanço da saúde mental no Brasil.
O Sabin Diagnóstico e Saúde lançou um teste inovador para detectar alterações no gene DPYD, essencial para a eficácia da quimioterapia, tornando o processo mais rápido e acessível. Essa ferramenta promete otimizar tratamentos e minimizar riscos de toxicidade em pacientes, conforme destacam os pesquisadores Andressa Folha Vieira e Fabián Hurtado.
O Eixão do Lazer em Brasília se destaca aos domingos com música ao vivo e cultura. O Choro no Eixo e o Axé no Eixo atraem um público diversificado, promovendo um ambiente acessível e democrático. Músicos locais, como Breno Alves e Cláudio Lopes, celebram a rica tradição musical da cidade, unindo pessoas de diferentes origens em um espaço de lazer vibrante.
O Governo do Distrito Federal inicia a construção do Capsi no Recanto das Emas, com investimento de R$ 4,7 milhões, para atender a crescente demanda por saúde mental infantojuvenil. A unidade é parte de um plano que prevê cinco novos centros de atenção psicossocial, visando fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e responder ao aumento de transtornos mentais pós-pandemia.
Os vereadores do Rio de Janeiro aprovaram o projeto de lei nº 1892/2023, que institui o Dia da Cegonha Reborn em 4 de setembro, em homenagem a artesãs que criam bonecos terapêuticos. A proposta, do vereador Vitor Hugo (MDB), visa reconhecer o trabalho de mulheres que superaram dificuldades emocionais por meio da confecção de bonecas realistas, ajudando outras pessoas em situações similares.
O Brasil avançou cinco posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), alcançando a 84ª posição em 2023, com um IDH de 0.786, destacando a inteligência artificial como potencial motor de desenvolvimento.
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