Marcio Nepomuceno, o Marcinho VP, lançou seu quinto livro, "A Cor da Lei", e é membro da Academia Brasileira de Letras do Cárcere, promovendo a literatura entre presos e egressos. Sua trajetória desafia preconceitos sociais e destaca a importância da ressocialização através da leitura.
Marcio Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, cumpre uma pena de 29 anos por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Apesar de sua condenação, ele se destacou como escritor no Complexo Alemão, onde lançou seu quinto romance, A Cor da Lei, que aborda a justiça racial e a cultura das periferias do Rio de Janeiro. Marcinho, que foi condenado a 36 anos de prisão por crimes violentos, agora é um autor respeitado e ocupa a cadeira 1 da Academia Brasileira de Letras do Cárcere (ABLC), uma iniciativa que visa promover a literatura entre presos e egressos.
A ABLC, fundada em 2024 pelo desembargador aposentado Siro Darlan, conta com 40 cadeiras ocupadas por escritores que estiveram presos. Darlan enfatiza a importância da literatura como ferramenta de ressocialização, destacando que muitos autores do cárcere abordam os malefícios do crime em suas obras. Ele acredita que a criação da academia ajuda a desafiar preconceitos sociais e a valorizar a produção literária de pessoas que, muitas vezes, são vistas apenas como criminosos.
O trabalho da ABLC inclui a promoção da leitura dentro das prisões, permitindo que os detentos explorem novas realidades através da literatura. Darlan menciona que a qualidade da escrita dos acadêmicos é surpreendente e que muitos deles se tornaram educadores e produtores culturais, contribuindo para a sociedade de maneira positiva. A academia já participou de eventos literários, como a Bienal do Livro, onde os livros dos acadêmicos foram bem recebidos pelo público.
Marcinho VP, que começou sua trajetória no crime aos 20 anos, agora é reconhecido como um escritor com cinco livros publicados. Ele é pai de quatro filhos, que também se destacam em suas áreas, incluindo um músico de sucesso e uma cantora gospel. Darlan ressalta que, apesar de sua condenação, Marcinho merece ser tratado com dignidade e respeito, como um autor que se reinventou ao longo dos anos.
O desembargador também critica o sistema penitenciário brasileiro, que, segundo ele, não cumpre a Constituição e trata os detentos de forma desumana. Ele defende que a pena privativa de liberdade deve ser repensada, pois a ressocialização é fundamental para a reintegração dos indivíduos à sociedade. Darlan destaca que a literatura pode ser um caminho para essa transformação, permitindo que os detentos se tornem cidadãos produtivos.
A história de Marcio Nepomuceno e a iniciativa da ABLC mostram como a literatura pode ser um meio poderoso de mudança social. Projetos que apoiam a inclusão e a valorização da produção cultural de pessoas em situação de vulnerabilidade são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na vida de muitos que buscam uma nova chance.
O 2º Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza, no Rio de Janeiro, abordará a necessidade de aumentar o financiamento climático em até US$ 7 trilhões anuais até 2030, destacando a urgência de mobilização de capital privado. A ex-secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patricia Ellen, enfatiza que os bancos de desenvolvimento devem triplicar seus investimentos para catalisar esse capital. A diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade, Maria Netto, ressalta a importância de reformas no Sistema Financeiro Internacional para facilitar o acesso a recursos internacionais.
Uma pesquisa da revista Science revelou que a ancestralidade brasileira é composta por 60% de genes europeus, 27% africanos e 13% indígenas, evidenciando o impacto do racismo nas condições de vida de negros e indígenas. O estudo, parte do projeto DNA do Brasil, destaca a desigualdade racial e a necessidade de ações afirmativas para combater o racismo estrutural que afeta milhões de brasileiros.
Recém-nascidos internados na UTI do Hospital Materno Infantil de Brasília participaram de um ensaio fotográfico junino, promovendo acolhimento e fortalecimento de vínculos familiares. A ação, realizada pela equipe de saúde, visa humanizar o atendimento e criar memórias afetivas durante a internação. Mães expressaram gratidão pela oportunidade de se conectar com seus bebês em um momento delicado.
Ana Aurora Borges, filha do fotojornalista Antonio Gaudério, luta para preservar o legado do pai após um acidente que resultou em perda de memória e sequelas. Ela revisita seu acervo e compartilha sua importância.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, anunciou R$ 12 bilhões em investimentos para infraestrutura hídrica no Nordeste, destacando a importância da água para o desenvolvimento local. A transposição do Rio São Francisco transformou a vida de agricultores em Terra Nova, Pernambuco, garantindo acesso à irrigação e melhorando a produção agrícola. A iniciativa visa assegurar dignidade e permanência da população na região.
A mostra “Reverbere” no centro cultural Futuros, no Flamengo, reúne 16 obras de 12 artistas, explorando humanidades, ecologia e espiritualidade, com entrada gratuita até 28 de setembro. A curadora Gabriela Maciel destaca que as obras refletem críticas e reivindicações sociais e ambientais, reverberando memórias e visões de futuro. Entre os destaques estão o ensaio fotográfico “Riviera Roquette Pinto” de Jerônimo de Moraes e o vídeo “Incorporação da água” de Roberta Lima. A exposição pode ser visitada de quarta a domingo, das 11h às 20h.