Marion Nestle, aos 88 anos, continua a influenciar o debate sobre nutrição e saúde, criticando o lobby da indústria alimentícia e elogiando as diretrizes alimentares inovadoras do Brasil. Sua obra "Food Politics" revolucionou a percepção sobre a responsabilidade individual na alimentação.
A nutricionista americana Marion Nestle, com uma carreira de décadas, publicou em 2002 o livro Food Politics: How the Food Industry Influences Nutrition and Health, que alterou a discussão sobre alimentação e saúde nos Estados Unidos. Na época, as decisões alimentares eram vistas como responsabilidade individual, mas Nestle argumentou que a indústria alimentícia cria um ambiente que promove o consumo excessivo e desencoraja escolhas saudáveis. Ela destacou que o lucro é a principal preocupação das empresas, não a saúde pública.
Em entrevista à BBC News Brasil, Nestle afirmou: “As empresas de alimentos criam um ambiente que estimula o consumo excessivo de comida”, utilizando estratégias como publicidade e marketing direcionado. Ela criticou a ideia de que a solução para a obesidade infantil seria ensinar as mães a alimentarem seus filhos de forma saudável, sem considerar a influência do marketing de junk food. Essa abordagem revolucionou a discussão sobre como fatores econômicos impactam as escolhas alimentares e as taxas de obesidade.
Com uma formação sólida em Biologia Molecular, Nestle começou a se dedicar à nutrição por acaso, ao lecionar um curso sobre o tema na Universidade Brandeis. Sua trajetória inclui passagens pela Universidade da Califórnia em San Francisco e pela Universidade de Nova York, onde modernizou o Departamento de Economia Doméstica e Nutrição. Em 2017, aposentou-se, mas continua ativa, publicando livros e mantendo um blog sobre políticas alimentares.
Nestle lançou mais de quinze livros, incluindo um de memórias em 2022, e tem dois novos títulos programados para este ano. Ela critica o financiamento corporativo de pesquisas em nutrição, comparando a indústria alimentícia à indústria tabagista, afirmando que “as empresas de alimentos semeiam dúvidas sobre estudos desfavoráveis”. Sua análise sobre a alimentação saudável permanece simples: priorizar frutas, verduras e legumes, evitando alimentos ultraprocessados.
Ela elogia as diretrizes alimentares do Brasil, considerando-as as mais inovadoras do mundo, com iniciativas que protegem crianças da publicidade de alimentos ultraprocessados. Nestle destaca que “quem dera tivéssemos isso nos Estados Unidos”, ressaltando a importância de políticas públicas eficazes para a saúde alimentar. Sua visão crítica e embasada continua a inspirar nutricionistas e ativistas ao redor do mundo.
Nessa luta por uma alimentação saudável e consciente, a união da sociedade civil é fundamental. Projetos que promovem a educação alimentar e a proteção contra práticas prejudiciais da indústria alimentícia podem fazer uma diferença significativa na saúde pública. A mobilização em torno dessas causas é essencial para garantir um futuro mais saudável para todos.
O livro "Ciência da Primeira Infância" revela como desigualdades sociais impactam o desenvolvimento infantil no Brasil, destacando a pobreza como um fator crucial. O estudo, coordenado por Naercio Menezes Filho, enfatiza a necessidade de políticas públicas intersetoriais para interromper o ciclo de desigualdade.
O horto botânico do Museu Nacional, em São Cristóvão, será revitalizado com uma rota acessível de 307 metros, inaugurada em 10 de junho, e visitas escolares que promovem educação ambiental. A obra, iniciada em 2023, busca melhorar a segurança e acessibilidade, mas enfrenta desafios financeiros para concluir o restauro do gradil.
O Brasil enfrenta um alarmante aumento da obesidade infantil, com projeções de que metade das crianças e adolescentes estará acima do peso em dez anos. A situação exige ações urgentes e eficazes.
Neste sábado (17), a Praça Nilo Peçanha receberá um aulão gratuito de circo, promovido pelo projeto Fantástico Mundo, com 80 vagas para todas as idades. A atividade visa promover autoconhecimento e bem-estar.
O bairro Parque Canoas, em Lagoa Santa, Minas Gerais, destaca-se por integrar áreas de preservação, tipologias habitacionais diversas e ciclovias, promovendo uma ocupação urbana sustentável e incentivando o uso de bicicletas.
A Universidade de Brasília (UnB) desenvolveu a plataforma MEPA, que pode gerar uma economia de R$ 3 milhões anuais em energia elétrica para 20 universidades, com reduções de até 52,8%. A ferramenta, que utiliza inteligência artificial, analisa contas de luz e sugere contratos mais vantajosos. Em um contexto de restrições orçamentárias, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou a liberação de R$ 300 milhões para universidades federais, aliviando a pressão financeira.