Estudo revela que a maternidade reduz a participação feminina no trabalho no Brasil. A pesquisa da Fundação Getulio Vargas mostra que mães enfrentam maior informalidade e desemprego, evidenciando a urgência de políticas públicas eficazes.
A desigualdade de gênero no mercado de trabalho é um problema persistente, especialmente para mulheres que são mães. Um estudo recente da Fundação Getulio Vargas, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que a participação das mulheres no mercado de trabalho cai significativamente quando elas têm filhos. Em 2024, a taxa de participação de mulheres com filhos foi de 65%, comparada a 72% entre aquelas sem filhos.
Os dados mostram que a situação se agrava para mães com crianças de zero a cinco anos, cuja taxa de participação é de apenas 58,9%. Em contraste, mães com filhos entre seis e quinze anos têm uma taxa de 72,2%. Além disso, a pesquisa indica que a maternidade leva muitas mulheres a buscar empregos informais, com uma taxa de informalidade de 37% entre mães, em comparação a 33% entre mulheres sem filhos.
O desemprego também afeta desproporcionalmente as mães. Enquanto a taxa nacional de desemprego é de 4,5%, ela sobe para 6,1% entre mães e 6% entre mulheres sem filhos. Em comparação, os homens apresentam taxas de desemprego de 2,7% e 4% para aqueles com e sem filhos, respectivamente. Esse cenário revela que as mulheres enfrentam barreiras significativas ao tentarem retornar ao mercado de trabalho após a maternidade.
Historicamente, o Brasil tem abordado a desigualdade de gênero no trabalho com foco em legislações que proíbem a discriminação salarial. Recentemente, novas regras foram aprovadas, mas especialistas como a vencedora do Prêmio Nobel de Economia de 2023, Claudia Goldin, argumentam que é necessário ir além das imposições legais. A expansão do acesso a creches e a licença parental para homens são medidas que podem gerar mudanças mais efetivas.
Atualmente, apenas 38,7% das crianças de zero a três anos estão em creches, muito abaixo da meta de 50% estipulada pelo Plano Nacional de Educação. Além disso, a licença maternidade é de 120 dias, enquanto a licença paternidade é de apenas cinco dias. Essas disparidades refletem a necessidade urgente de políticas públicas que abordem as desigualdades enfrentadas por mães no mercado de trabalho.
É fundamental que o poder público implemente políticas baseadas em evidências para enfrentar essas desigualdades. A união da sociedade civil pode ser um motor de mudança, apoiando iniciativas que promovam a igualdade de gênero e o suporte a mães trabalhadoras. Projetos que visem melhorar o acesso a creches e a licença parental podem transformar a realidade de muitas famílias, garantindo um futuro mais igualitário.
A Saint Paul Escola de Negócios, fundada por José Cláudio Securato, se uniu à EXAME Educação, ampliando seu impacto na educação executiva na América Latina. A integração fortalece a oferta de cursos e a qualidade do ensino.
O Nupens, da USP, destaca-se na produção científica brasileira, com cinco pesquisadores entre os mais citados do país, e inovações como o conceito de ultraprocessados, que relaciona alimentação a doenças crônicas.
Em 2024, apenas 76% dos adolescentes de 15 a 17 anos estão no ensino médio, abaixo da meta de 85% do Plano Nacional de Educação. O programa Pé-de-Meia busca reduzir a evasão escolar, que caiu para 3,6%.
Proposta de Código Brasileiro de Inclusão gera polêmica ao ameaçar revogar a Lei Brasileira de Inclusão, com críticas de especialistas e entidades sobre a perda de direitos. Audiências públicas estão em andamento.
A Defensoria Pública do Distrito Federal lançou uma plataforma digital para reunir currículos de estudantes em busca de até 797 vagas de estágio, promovendo maior agilidade e transparência no processo seletivo. A iniciativa, em parceria com a Secretaria de Economia e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), visa facilitar o acesso de jovens ao mercado de trabalho. Para participar, os interessados devem se cadastrar no site e anexar seu currículo, seguindo os critérios do edital publicado.
O MEC anunciou novas regras para renegociação de dívidas do Fies, em meio a um crescimento da educação a distância, que agora enfrenta políticas mais rigorosas. A inadimplência continua sendo um desafio.