O MEC anunciou novas regras para renegociação de dívidas do Fies, em meio a um crescimento da educação a distância, que agora enfrenta políticas mais rigorosas. A inadimplência continua sendo um desafio.
Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) anunciou novas regras para a renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O programa, que visa facilitar o acesso ao ensino superior, tem sido alvo de críticas desde sua criação em mil novecentos e noventa e nove, especialmente por suas altas taxas de juros e a dificuldade de acesso para estudantes de baixa renda. A história do financiamento estudantil no Brasil remonta a cinquenta anos, com o fim do Creduc, um programa de crédito universitário da Ditadura Militar, devido à alta inadimplência.
O Fies, que ganhou destaque durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, viu suas regras flexibilizadas no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Isso resultou em um aumento significativo no número de estudantes financiados, que saltou de menos de duzentos mil em dois mil e dez para um milhão e trezentos mil em dois mil e quinze. No entanto, esse crescimento foi insustentável, levando a uma nova onda de inadimplência. Atualmente, o total de estudantes financiados caiu novamente para cerca de duzentos mil.
Esse declínio no Fies coincide com a rápida expansão dos cursos a distância (EaD), que triplicaram suas matrículas de um milhão e quatrocentos mil em dois mil e quinze para quatro milhões e novecentos mil em dois mil e vinte e três. Em contrapartida, as matrículas em cursos presenciais caíram de seis milhões e seiscentos mil para cinco milhões. A expectativa é que o próximo Censo da Educação Superior mostre que a maioria dos universitários está matriculada em cursos EaD.
O MEC, ao perceber a relação de alunos por professor muito maior nos cursos a distância, implementou políticas que tornaram as mensalidades mais acessíveis, com valores próximos de R$ 100,00. Essa mudança ajudou a compensar a redução do Fies, permitindo que o ensino superior continuasse a crescer, mas levantou preocupações sobre a qualidade da educação oferecida. Em resposta, o MEC anunciou novas regras para a educação a distância, visando garantir padrões mais elevados.
Apesar do crescimento da EaD, o Brasil ainda apresenta uma baixa taxa de trabalhadores com ensino superior, especialmente na faixa etária de vinte e cinco a trinta e quatro anos, onde apenas vinte e dois por cento possuem esse nível de escolaridade, em comparação com a média de quarenta e sete por cento dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O futuro do setor educacional brasileiro dependerá da adaptação a essas novas políticas. A elevação das mensalidades em EaD, mesmo que ainda mais baratas do que as presenciais, pode impactar a acessibilidade. Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a educação e ajudem os menos favorecidos a alcançar seus objetivos acadêmicos.
O governo de Pernambuco disponibilizou 6.715 vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional para estudantes da rede pública, com inscrições até 30 de novembro. O programa Trilhatec, em parceria com Senac e Senai, visa preparar jovens para o mercado de trabalho em diversas áreas.
A Kultivi disponibiliza mais de 80 cursos gratuitos de idiomas, como inglês, espanhol, alemão, francês e Libras, com flexibilidade e certificados de conclusão. Essa iniciativa visa democratizar o aprendizado de línguas.
Mais da metade dos distritos de São Paulo não atinge a média do Ideb. O prefeito Ricardo Nunes propõe gestão privada para escolas com baixo desempenho. A cidade de São Paulo enfrenta uma grave crise educacional, com 53 dos 96 distritos não alcançando a média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os anos iniciais do ensino fundamental. As disparidades são alarmantes, com diferenças de até 50% entre regiões. O prefeito Ricardo Nunes responsabiliza os professores pelo baixo desempenho e sugere a privatização das escolas com os piores resultados. A desigualdade na educação se reflete também nas condições de trabalho dos docentes, que enfrentam sobrecarga nas áreas mais vulneráveis.
Recentemente, novos livros sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) foram lançados, oferecendo informações valiosas para famílias e educadores. A crescente demanda por conhecimento confiável é essencial diante do aumento de diagnósticos no Brasil.
Em 2024, a média de Redação do Enem alcançou seu maior nível desde 2018, mas o percentual de notas acima de 900 caiu de 10,7% para 7,24%, devido ao aumento de alunos da rede pública e rigor na correção.
Senac e MDIC lançam cursos gratuitos em comércio exterior e turismo, priorizando inclusão de pessoas negras. O Senac, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o programa Raízes Comex, abre inscrições para a segunda edição de cursos gratuitos nas áreas de comércio exterior e turismo, com um total de 1.840 vagas. A iniciativa visa promover a inclusão de pessoas negras no mercado de trabalho, oferecendo oportunidades de qualificação profissional. Os cursos disponíveis incluem Assistente de Serviços de Comércio Exterior e Técnico em Comércio Exterior, com inscrições até 5 de maio de 2025 em algumas localidades. No setor de turismo, as inscrições vão até 25 de abril de 2025, abrangendo diversas regiões do Brasil.