Governo lança Enamed e debate exame de proficiência para médicos. Propostas visam melhorar a formação médica. O aumento de cursos de Medicina no Brasil, que saltaram de 181 em 2010 para 401 em 2023, gerou preocupações sobre a qualidade da formação. Em resposta, o governo anunciou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), que será realizado anualmente e unificará avaliações. Além disso, discute-se a criação de um exame de proficiência, similar ao da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que impediria reprovados de atuar na profissão. O Conselho Federal de Medicina (CFM) e senadores de oposição defendem essa proposta, enquanto o governo busca aprimorar a avaliação do ensino médico. O Enamed, previsto para outubro, terá 100 questões e avaliará todas as áreas da matriz curricular. A expectativa é que essa iniciativa contribua para a melhoria da qualidade da formação médica no país.
A formação médica no Brasil enfrenta um momento crítico, com o aumento de cursos de Medicina passando de 181 em 2010 para 401 em 2023. Essa expansão levanta preocupações sobre a qualidade do ensino, especialmente em relação à infraestrutura e à capacitação dos professores. Em resposta, o governo anunciou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), que será realizado anualmente e unificará as avaliações da área.
Defensores de um exame de proficiência para médicos, similar ao da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), argumentam que essa prova pode coexistir com o Enamed. A proposta, apoiada por senadores de oposição e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), sugere que recém-formados precisariam passar por duas avaliações ao final do curso, com o CFM sendo responsável pela aplicação do teste de proficiência.
O Enamed, por sua vez, tem como objetivo avaliar o aprendizado dos formandos e selecionar candidatos para as residências médicas. O exame será realizado anualmente, ao contrário do que ocorre com outras graduações, e contará com 100 questões de múltipla escolha, abrangendo diversas áreas da Medicina. A expectativa é que cerca de 300 instituições participem da primeira edição, prevista para outubro, com aproximadamente 42 mil formandos.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a importância de ampliar a residência médica no Brasil e mencionou a necessidade de um método de avaliação para estudantes durante o curso, visando corrigir a qualidade da formação médica ao longo do tempo. Essa mudança é parte de uma série de reformas na avaliação do ensino superior, que também inclui um aumento no rigor das avaliações in loco dos cursos de Medicina.
O Exame Nacional de Desempenho Estudantil (Enade) de 2023 revelou que a qualidade dos cursos de Medicina piorou desde a última avaliação em 2019, com um aumento no número de instituições que não atingiram um patamar satisfatório. Essa situação reforça a necessidade de medidas que garantam a excelência na formação médica, como a proposta de um exame de proficiência.
Com a crescente demanda por médicos qualificados, a sociedade civil pode desempenhar um papel fundamental em apoiar iniciativas que visem melhorar a formação médica no Brasil. Projetos que busquem garantir melhores condições de ensino e infraestrutura nas instituições de saúde são essenciais para o futuro da Medicina no país.
Na quarta edição do Desafio LED, 3.348 projetos foram inscritos, destacando a vitória de Ana Paula Silva com a Plataforma Te Guio, que apoia famílias de crianças autistas. O evento, que cresceu 40% em relação ao ano anterior, premiou iniciativas inovadoras que buscam melhorar o acesso à educação no Brasil. Além de Ana Paula, Milena Nogueira e Ethan Alcântara também foram reconhecidos por suas propostas impactantes.
Instituto Unidown promove curso de alfabetização para jovens com síndrome de Down, visando melhorar a empregabilidade. O curso, iniciado em março, utiliza o jornal Joca e dinâmicas práticas para desenvolver habilidades de leitura e escrita. Vinícius de Miranda, um dos alunos, destaca a evolução no aprendizado e a meta de conseguir um emprego. A iniciativa surge em resposta à baixa taxa de alfabetização entre jovens com a síndrome, onde apenas 8,7% estão totalmente alfabetizados. O curso inclui atividades como rodas de notícias e simulações de entrevistas, buscando preparar os alunos para o mercado de trabalho.
Em 2024, apenas 76% dos adolescentes de 15 a 17 anos estão no ensino médio, abaixo da meta de 85% do Plano Nacional de Educação. O programa Pé-de-Meia busca reduzir a evasão escolar, que caiu para 3,6%.
Inep revela que apenas 49% das crianças do 2º ano estão alfabetizadas, contrastando com os 56% do programa Criança Alfabetizada, gerando desconfiança sobre os dados educacionais.
O governo de Pernambuco disponibilizou 6.715 vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional para estudantes da rede pública, com inscrições até 30 de novembro. O programa Trilhatec, em parceria com Senac e Senai, visa preparar jovens para o mercado de trabalho em diversas áreas.
A aposentadoria é um desafio maior para as mulheres, que enfrentam jornadas duplas e trabalho informal. A reforma da Previdência de 2019 agravou essa situação, resultando em benefícios menores.