Ministério da Saúde investirá em pós-graduação médica em áreas carentes, como patologia clínica e oncologia, e criará o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) para melhorar a formação de médicos.
O Ministério da Saúde anunciou um novo plano para financiar vagas de pós-graduação médica em áreas críticas do Sistema Único de Saúde (SUS), como patologia clínica e oncologia. A proposta foi revelada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a apresentação do estudo Demografia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) no dia trinta de abril. O ministro destacou a intenção de estabelecer uma parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) para direcionar recursos a essas especializações.
As pós-graduações em Medicina no Brasil têm características variadas, podendo ser presenciais ou a distância, e não possuem uma regulamentação rigorosa. Em contraste, as residências médicas, que são consideradas o padrão-ouro para a formação de especialistas, exigem uma carga horária de cerca de três mil horas anuais e são predominantemente práticas, realizadas sob supervisão em hospitais. A crescente demanda por médicos graduados, que deve resultar em aproximadamente trinta e cinco mil novos profissionais este ano, contrasta com a oferta de menos de vinte mil vagas de residência.
Padilha também mencionou a criação de um grupo de instituições de excelência para apoiar a formação de residentes em regiões remotas, onde a relação de médicos por habitante é baixa. Ele enfatizou que as residências médicas são fundamentais para a fixação de profissionais nas cidades, mais do que a graduação. O ministro comparou essa iniciativa a um programa semelhante ao Mais Médicos, que visa atrair especialistas para áreas que mais precisam.
O programa federal Pró-Residências, criado em dois mil e nove para financiar bolsas de residência médica, foi interrompido em dois mil e dezenove e retomado em dois mil e vinte e três. Além disso, o Ministério da Saúde está desenvolvendo uma avaliação contínua da formação médica, com a introdução do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), que substituirá o Enade e servirá como critério de acesso às residências médicas. O Enamed deve ser aplicado em outubro deste ano.
O objetivo dessas medidas é garantir que os estudantes de Medicina tenham uma formação mais sólida e contínua, evitando que cheguem ao final da graduação com lacunas de conhecimento. O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), também está revisando as diretrizes curriculares dos cursos de Medicina, buscando melhorar a qualidade do ensino e a formação dos futuros médicos.
Essas iniciativas são essenciais para enfrentar o déficit de médicos em áreas críticas do SUS. A mobilização da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar projetos que visem a melhoria da saúde pública e a formação de especialistas em regiões carentes. Juntos, podemos contribuir para um futuro mais saudável e equitativo para todos.
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A nova redação da Norma Regulamentadora 1 (NR-1) reconhece os riscos psicossociais no trabalho, refletindo um avanço na saúde mental dos trabalhadores em meio à pressão da sociedade do desempenho.
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