Pesquisadores da USP e UnB descobriram que um diterpeno do própolis da abelha mandaçaia elimina até 100% das larvas do Aedes aegypti, oferecendo uma alternativa natural aos inseticidas. Essa descoberta é crucial no combate à dengue, que já causou mais de 6 mil mortes no Brasil em 2024.

O combate à dengue, que resultou em mais de seis mil mortes no Brasil em 2024, recebeu um novo aliado. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com startups de Ribeirão Preto, descobriram que um diterpeno presente no própolis da abelha mandaçaia pode eliminar até 100% das larvas do mosquito Aedes aegypti. O estudo foi publicado na revista científica Rapid Communications in Mass Spectrometry.
O professor Norberto Peporine Lopes, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP), destaca que as abelhas, ao coletar materiais na natureza, também contribuem para a proteção contra doenças. A pesquisa revelou que a substância encontrada na geoprópolis, uma mistura de resinas vegetais e partículas de terra, é responsável pela atividade larvicida.
Os pesquisadores coletaram geoprópolis da mandaçaia na seiva do pinus em Bandeirantes, Paraná, onde a abelha sem ferrão visita frequentemente a árvore. Após comparações com o própolis da abelha Apis mellifera, que possui ferrão, o diterpeno foi identificado como o principal agente larvicida. A resina do pinus, processada pela saliva das mandaçaias, foi apontada como essencial para essa ação.
A abelha mandaçaia, nativa do Brasil, é encontrada em várias regiões do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de áreas da Argentina e do Paraguai. Ela é apreciada por meliponicultores devido ao seu comportamento calmo e à boa produção de mel, que varia entre um quilo e meio e dois quilos e meio por colônia, composta por 400 a 600 abelhas-operárias.
A descoberta dos pesquisadores é um avanço significativo no combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como febre amarela urbana, chikungunya e zika. A utilização de alternativas naturais, como o diterpeno do própolis, pode reduzir a dependência de inseticidas químicos, que muitas vezes são tóxicos e prejudiciais ao meio ambiente.
Iniciativas que promovem a pesquisa e o desenvolvimento de soluções naturais para o controle de doenças devem ser apoiadas pela sociedade civil. A união em torno de projetos que visam a saúde pública pode fazer a diferença na luta contra a dengue e outras enfermidades, beneficiando comunidades inteiras e preservando a biodiversidade.

Executivos brasileiros reconhecem a influência da política dos EUA nas práticas de sustentabilidade, mas apenas 37% planejam mudar suas metas. A pesquisa da Amcham destaca desafios financeiros e a pressão por ações sustentáveis.

O governo brasileiro solicitou à ONU o reconhecimento da Elevação do Rio Grande como parte de sua plataforma continental, visando ampliar a exploração econômica e enfrentar desafios ambientais. A estrutura submarina, rica em minerais essenciais, pode garantir direitos exclusivos de exploração, mas também exige responsabilidade na conservação ambiental.

A COP30, em Belém (PA), contará com o portal COP30 Events, que mapeia mais de 40 eventos para engajar a sociedade civil nas discussões climáticas. A plataforma visa conectar vozes e promover ações colaborativas.

Estudo revela que o aquecimento global no Ártico aumenta toxinas de algas nas cadeias alimentares, ameaçando a vida marinha e comunidades locais, conforme pesquisa da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.

Nilto Tatto, presidente da Frente Ambientalista na Câmara, critica projeto que flexibiliza licenciamento ambiental, alertando para retrocessos durante a presidência do Brasil na COP30. A proposta pode prejudicar negociações internacionais e comprometer a agenda climática do país.

A Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais enfrenta desafios com o aumento de visitantes e a pressão urbana. A nova Lei do Mar busca fortalecer a gestão ambiental e a governança marinha. Em 2023, a região recebeu 368 mil turistas, intensificando a especulação imobiliária e a degradação ambiental. A aprovação da Lei do Mar, que aguarda sanção, é um passo importante para a preservação e gestão sustentável dos recursos naturais.