O aquecimento global, impulsionado por ações humanas, pode levar até 18% das espécies terrestres à extinção e causar a morte da Grande Barreira de Corais, afetando a biodiversidade e a economia global. A urgência em reduzir emissões é clara, pois cada grau de aumento na temperatura impacta a sobrevivência de diversas espécies e a saúde humana.
O aquecimento global, resultado das atividades humanas, tem gerado um aumento significativo na frequência de eventos climáticos extremos. A meta do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento a menos de 2 °C em relação aos níveis pré-industriais, é considerada cada vez mais inalcançável por muitos especialistas. A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que, mesmo com as ações atuais, as temperaturas podem subir até 3 °C, o que trará consequências severas para o meio ambiente.
Estudos recentes apontam que, com um aumento de 2 °C até o ano de dois mil e cem, até dezoito por cento das espécies terrestres podem estar em risco de extinção. Além disso, a Grande Barreira de Corais, um ecossistema vital e patrimônio mundial da UNESCO, pode desaparecer, reduzindo-se a esqueletos em poucas décadas. Se a temperatura global aumentar em 4 °C, a situação se tornará ainda mais crítica, com uma em cada duas espécies de plantas ou animais ameaçadas.
Os impactos das mudanças climáticas não se limitam à biodiversidade. A economia global também será afetada. Os recifes de corais, que abrigam cerca de 25% das espécies marinhas, sustentam mais de um bilhão de pessoas. Os serviços que esses ecossistemas oferecem, como proteção costeira e suporte à pesca, têm um valor estimado em US$ 11 trilhões por ano. A produção de alimentos, que depende em grande parte da polinização realizada por animais como as abelhas, também será comprometida, com perdas financeiras entre US$ 321,6 bilhões e US$ 789,6 bilhões anualmente.
A saúde humana está diretamente ligada à biodiversidade. A perda de espécies pode favorecer o surgimento e a propagação de doenças, uma vez que ecossistemas desequilibrados aumentam a presença de patógenos. Um estudo publicado na revista Nature destaca que a diminuição da biodiversidade pode intensificar a transmissão de enfermidades, colocando em risco a saúde da população global.
Diante desse cenário alarmante, a urgência em reduzir as emissões de gases de efeito estufa é evidente. Cada aumento na temperatura global pode impactar a sobrevivência de inúmeras espécies e, consequentemente, a qualidade de vida humana. A natureza possui uma capacidade de adaptação, mas a dependência humana dos recursos naturais exige ações imediatas e eficazes.
Iniciativas que busquem apoiar a preservação da biodiversidade e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas são essenciais. A união da sociedade civil pode fazer a diferença, promovendo projetos que visem a recuperação de ecossistemas e a proteção de espécies ameaçadas. Juntos, podemos contribuir para um futuro mais sustentável e equilibrado.
O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em até 67% até 2035, com foco na erradicação do desmatamento e reflorestamento, segundo Newton La Scala, da Unesp. A queda de 30% no desmatamento em 2023 é um passo significativo para alcançar a neutralidade climática até 2050.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, defendeu a culinária amazonense após veto da OEI, que foi revogado, permitindo pratos típicos na COP 30. O governo investe em infraestrutura e hospedagem para o evento.
O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 63 dispositivos do projeto de flexibilização do licenciamento ambiental é celebrado por entidades ambientais, que veem isso como um avanço na proteção do meio ambiente. O governo enviou um novo projeto de lei e uma Medida Provisória para corrigir falhas, mantendo a integridade do licenciamento e evitando a análise em uma única etapa. A pressão da sociedade civil foi crucial para essa decisão, mas a luta continua no Congresso para garantir a efetividade dos vetos.
Brigada indígena Mebêngôkre-Kayapó intensifica ações de combate a incêndios na Terra Indígena Las Casas, com queima prescrita e monitoramento, resultando em 778 focos de calor detectados em 2024.
Scott Loarie, diretor-executivo do iNaturalist, visa alcançar 100 milhões de usuários anuais até 2030, destacando a importância do Desafio Mundial da Natureza Urbana para engajar mais pessoas na ciência cidadã. A plataforma, que já conta com 20 milhões de usuários, busca facilitar o uso do aplicativo e expandir projetos comunitários.
Foi anunciado o Fórum de Líderes Locais da COP30, que ocorrerá no Rio de Janeiro de 3 a 5 de novembro, reunindo prefeitos e governadores para discutir soluções climáticas locais e financiamento. O evento, que antecede a conferência em Belém, visa destacar o papel das cidades na luta contra a crise climática e reforçar o multilateralismo.