Câmara Municipal de Paulicéia pede fiscalização da Estação de Piscicultura da Cesp, desativada há mais de uma década, devido à escassez de peixes nativos e aumento de espécies invasoras, como a piranha-branca.

A Câmara Municipal de Paulicéia, em São Paulo, solicitou a intervenção de órgãos ambientais para fiscalizar a Estação de Piscicultura da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que está desativada há mais de uma década em Castilho. O ofício, enviado em 6 de junho, foi direcionado ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil-SP). A estação não realiza a soltura de alevinos há pelo menos doze anos, e não há informações sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) relacionados ao Rio Paraná.
Os municípios ribeirinhos, como Paulicéia, enfrentam sérios problemas devido à falta de espécies nativas e à proliferação de peixes invasores, como a piranha-branca. O pescador profissional Alcebiades Souza Filho, de 58 anos, relatou que as espécies nativas, como mandi, armal, curimba e pintado, quase não existem mais na região. Ele e outros pescadores dependem das poucas espécies que restam, além de peixes exóticos que estão prejudicando o ecossistema local.
Souza Filho destacou que a reprodução descontrolada de piranhas tem dificultado a pesca, pois esses peixes consomem as iscas e os alevinos. Ele mencionou que a situação se agravou após a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, que destruiu barreiras naturais e permitiu a proliferação da piranha-branca. Além disso, a escassez de espécies como o barbado, que era uma importante fonte de renda, preocupa os pescadores da região.
Os pescadores acreditam que a reativação da Estação de Piscicultura é essencial para a reposição de peixes nativos, já que as espécies locais não estão se reproduzindo naturalmente. Souza Filho enfatizou que a soltura de alevinos é a única solução viável para restaurar o equilíbrio do ecossistema e garantir a sobrevivência dos pescadores e do comércio local, que depende da pesca e do turismo.
A Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar (Apoena), apoia a soltura de alevinos, mas ressalta a necessidade de critérios técnicos para evitar desequilíbrios ecológicos. O presidente da Apoena, Djalma Weffort, alertou sobre os riscos de introduzir espécies exóticas, como o tucunaré, que podem prejudicar ainda mais as espécies nativas. A Câmara Municipal de Paulicéia já havia solicitado, em fevereiro, a intervenção do governo federal para a soltura de alevinos e a divulgação de documentos relacionados ao impacto ambiental da Cesp.
A Cesp, por sua vez, informou que a suspensão do programa de peixamento foi recomendada por especialistas, que não encontraram evidências de eficácia na medida. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também reconheceu a necessidade de estudos complementares antes de retomar o programa. A situação atual exige uma resposta rápida e eficaz para restaurar a biodiversidade do Rio Paraná e apoiar a economia local.
Neste contexto, a união da comunidade pode ser fundamental para impulsionar iniciativas que visem a recuperação do ecossistema e a revitalização da pesca na região. A mobilização social pode ser a chave para garantir que as vozes dos pescadores e das comunidades ribeirinhas sejam ouvidas e que ações efetivas sejam tomadas para restaurar a saúde do Rio Paraná.
Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se reuniu com gestores do Pará para discutir liberação de recursos e ações de Defesa Civil, priorizando a proteção da Amazônia. O encontro destacou a implementação de um sistema moderno de alerta precoce, visando salvar vidas e fortalecer a cultura de prevenção nas comunidades vulneráveis da região.

O Ibama encerrou uma Oficina de Planejamento Operacional em Santarém, visando fortalecer a resposta a incêndios florestais no oeste do Pará, com a participação de diversas instituições. A capacitação promoveu a troca de experiências e a construção de estratégias integradas, reforçando o compromisso com a gestão ambiental na Amazônia.

O Brasil deve receber mais de 7 milhões de visitantes em 2025, um feito histórico impulsionado por iniciativas de turismo sustentável, conforme anunciado pela Embratur. O presidente Marcelo Freixo destacou projetos como Onçafari e Biofábrica de Corais, que promovem a conservação ambiental e a biodiversidade.

A Cooperativa Vinícola Garibaldi criou um vinhedo experimental com 50 variedades de uvas para enfrentar as mudanças climáticas, resultando em novos vinhos, como o Palava, já em comercialização. O projeto, iniciado em 2019, visa testar a adaptação das castas ao clima da Serra Gaúcha e já apresenta resultados promissores.

Brasil se destaca na COP30 com inovações em biocombustíveis e soluções florestais, buscando atrair investimentos e parcerias internacionais para enfrentar desafios climáticos.

Belém sedia o XVII Fórum Nacional de Governadores, onde serão definidas as contribuições dos estados para a COP 30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, reunindo mais de 190 países. O evento, que começa às 10h no Parque da Cidade, contará com a presença de governadores e autoridades, abordando temas como descarbonização e justiça ambiental.