Em 2023, a morte de araras-azuis-de-lear na Bahia diminuiu após modificações na rede elétrica da Coelba, mas ainda persiste em áreas não priorizadas. O MPBA busca um TAC para soluções eficazes.

Nos últimos anos, a morte de araras-azuis-de-lear e outros animais arborícolas na Bahia tem gerado preocupações, especialmente devido à rede elétrica da Coelba. Em um período de seis anos, 162 araras dessa espécie, ameaçada de extinção, perderam a vida ao colidir com fios de alta tensão e transformadores na Reserva de Canudos, onde vivem cerca de 2.300 indivíduos. Isso representa mais de 7% da população total. O projeto Jardins da Arara de Lear, que atua na conservação da alimentação desses animais desde 2014, tem monitorado essas mortes.
Após intervenções na rede elétrica em 2022, o número de mortes de araras caiu de 46 para 28 em 2023. Contudo, as modificações foram limitadas às áreas prioritárias, deixando regiões vizinhas sem proteção adequada, o que ainda resulta em mortes. A empresa Neoenergia/Coelba, responsável pela rede elétrica, iniciou as mudanças a partir de recomendações do Ministério Público da Bahia (MPBA), mas a situação ainda requer atenção.
A arara-azul-de-lear, registrada em 1978, é considerada um símbolo da caatinga. A reprodução dessa espécie é lenta, com apenas um filhote sobrevivendo em cada ninhada de até três ovos. Marlene Reis, presidenta do Projeto Jardins de Arara de Lear, destaca que a perda de cada indivíduo é preocupante, pois a espécie enfrenta diversas ameaças, incluindo predadores e tráfico de animais silvestres.
Além das araras, mamíferos arborícolas, como preguiças-de-coleira e macacos, também estão em risco devido à rede elétrica da Coelba. Em Mata de São João, a construção de empreendimentos imobiliários após a pandemia tem contribuído para o aumento das mortes, pois os animais buscam refúgio em áreas afetadas pelo desmatamento. Luciana Veríssimo, coordenadora do Projeto Conecta Vidas, relata que, nos últimos dois anos, pelo menos 20 preguiças-de-coleira morreram eletrocutadas.
Os projetos Jardins de Araras de Lear e Conecta Vidas têm dialogado com a Neoenergia/Coelba e órgãos públicos para reduzir as mortes, mas os resultados têm sido insatisfatórios. Em Canudos, a empresa não alterou todas as redes necessárias, resultando em mortes em áreas não modificadas. Em Mata de São João, as mortes ocorrem principalmente em transformadores, onde os animais ficam presos. O MPBA está em negociações para formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que visa a proteção integral das estruturas elétricas.
O MPBA e o Instituto do Meio Ambiente têm trabalhado em conjunto para buscar soluções que minimizem os riscos para a fauna local. A proposta de TAC está em fase de ajustes e inclui melhorias na rede elétrica para prevenir novas mortes. A união da sociedade civil é fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção da vida silvestre e a conservação do meio ambiente, garantindo um futuro mais seguro para as espécies ameaçadas.

Uma onça-parda foi avistada em Cascavel, Paraná, e fugiu para a mata após se assustar com um caseiro. O incidente destaca o aumento de avistamentos urbanos da espécie, que busca alimento em áreas desmatadas.

Regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil enfrentam um veranico, elevando as temperaturas em até 5ºC e aumentando o risco de queimadas. O fenômeno deve durar até segunda-feira (25), impactando a qualidade do ar.

Estudo revela que mudanças climáticas e desmatamento na Amazônia ameaçam plantas comestíveis, mas 21 espécies resilientes podem ser chave para adaptação e restauração ambiental. A pesquisa destaca a importância de diversificação alimentar e valorização do conhecimento tradicional.

A dieta vegetariana, adotada por 14% da população brasileira, oferece benefícios à saúde e ao meio ambiente, como a melhora da microbiota intestinal e a redução da pegada ecológica. Especialistas alertam para a importância de um planejamento nutricional adequado.

A COP30, marcada para novembro de 2025 em Belém, enfatiza a Amazônia na bioeconomia. Estudo propõe governança experimentalista para integrar políticas públicas e fortalecer a efetividade local.

Moradores de Apipucos, no Recife, convivem com jacarés-de-papo-amarelo em harmonia, enquanto pesquisadores mapeiam uma população estável no rio Capibaribe, destacando a importância da conservação ambiental.