No painel da 9ª edição do Aberje Trends, especialistas discutiram os desafios da comunicação corporativa em ESG, abordando greenwashing e greenhushing, e a influência da COP30 nas estratégias das empresas.
Empresas estão cada vez mais engajadas em discutir suas iniciativas de ESG (ambiental, social e governança), especialmente diante da intensificação das mudanças climáticas e da crescente demanda por transparência. Durante o painel “Caos climático e a COP30: como as mudanças climáticas já estão influenciando o trabalho dos comunicadores e das áreas de ESG”, realizado na 9ª edição do Aberje Trends em São Paulo, especialistas abordaram os desafios enfrentados na comunicação corporativa.
Os participantes destacaram o fenômeno do greenwashing, que se refere à prática de apresentar informações enganosas sobre as ações ambientais de uma empresa, e o greenhushing, que é o silêncio sobre iniciativas de sustentabilidade para evitar críticas. A gerente sênior de Comunicação Corporativa da Basf para a América do Sul, Ornella Nitardi, enfatizou que o consumidor atual é mais crítico e não aceita informações superficiais sobre sustentabilidade, apontando que sessenta e dois por cento dos consumidores desconfiam das ações divulgadas pelas empresas.
A Tetra Pak, por sua vez, transformou a sustentabilidade em um pilar estratégico global, investindo em novas embalagens e reciclagem. A gerente de Comunicação da empresa, Michele Gassi, mencionou que, além de compensar carbono, a Tetra Pak busca deixar um legado no Brasil, apoiando cooperativas de reciclagem e investindo R$ 26 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento para a recuperação de florestas.
Bruno Rossini, diretor sênior na 99, destacou que a empresa, parte do grupo chinês Didi, reconhece seu impacto ambiental e, nos últimos três anos, tem trabalhado para quantificar suas ações e reduzir a emissão de gases de efeito estufa, ampliando a frota de carros elétricos. A comunicação sobre esses resultados é um desafio, mas essencial para a credibilidade da empresa.
Durante o painel, a mediadora Pâmela Vaiano, diretora de Comunicação Corporativa do Itaú Unibanco, questionou se a COP30 poderia ser a vitrine para ações sustentáveis. Os especialistas concordaram que a conferência já está influenciando as estratégias de ESG e comunicação das empresas, reforçando a importância de um compromisso genuíno com a sustentabilidade.
Essas discussões ressaltam a necessidade de um engajamento coletivo em torno de iniciativas que promovam a sustentabilidade. Projetos que buscam apoiar ações ambientais e sociais podem fazer a diferença, e a união da sociedade civil é fundamental para impulsionar essas causas. Cada contribuição pode ajudar a transformar a realidade e a promover um futuro mais sustentável.
Iniciativas de captura de carbono (CCUS) no Brasil podem reduzir até 190 milhões de toneladas de CO₂ anualmente. Empresas como Repsol e FS investem em tecnologias inovadoras, mas falta incentivo público.
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Estudo revela que macacos-pregos no Parque Estadual de Águas da Prata dependem da alimentação humana, com riscos de doenças e dependência alimentar. A pesquisa, liderada pela bióloga Natascha Kelly Alves Scarabelo, observou 26 indivíduos.
O Brasil enfrentará um domingo, 17, marcado por queda acentuada nas temperaturas e geadas pontuais, afetando a produção de grãos como café, milho e trigo. A umidade se restringe ao Norte e litoral do Nordeste, onde ainda há previsão de chuvas. O frio e a seca devem persistir, impactando severamente a agricultura nas regiões centrais e meridionais.
Indígenas de várias partes do mundo se uniram em Brasília para o Acampamento Terra Livre, visando fortalecer sua voz na COP 30 e se opor à exploração de combustíveis fósseis.
O governo chileno planeja reabrir uma estrada madeireira no Parque Nacional Alerce Costero, ameaçando a sobrevivência da Gran Abuelo, uma árvore de 5.400 anos. O projeto gera controvérsias sobre seu impacto ambiental e a real intenção por trás da obra.