A 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas em Brasília reuniu cinco mil participantes, que denunciaram a contaminação de rios e pediram proteção para suas culturas e ambientes. Líderes indígenas, como Pangroti Kayapó, destacaram os impactos do garimpo ilegal em suas terras.
A 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, realizada em Brasília, reuniu cinco mil participantes, incluindo líderes indígenas que denunciaram a contaminação de rios e pediram proteção para suas culturas e ambientes. Entre as participantes estavam a matriarca Pangroti Kayapó, de sessenta anos, e sua neta Nhaikapep, de vinte e dois, que viajaram mais de trinta e duas horas de ônibus de São Félix do Xingu (AM) até a capital federal. Para elas, a conferência representa uma oportunidade de expor os impactos do garimpo ilegal em suas terras.
Pangroti, que se comunica em seu idioma originário, expressou através da neta seu desejo de proteção para a natureza e a cultura de seu povo. Nhaikapep destacou que os rios Fresco, Iriri e Xingu, que cortam as comunidades kayapó, estão contaminados por metais pesados, o que gera uma sensação de ameaça mesmo em territórios já demarcados. O evento, que começou na noite de segunda-feira, 4, também abordou os desafios enfrentados por mulheres indígenas em diversos biomas brasileiros.
Durante a abertura da conferência, cinco ministras de Estado discursaram sobre políticas de proteção às mulheres indígenas. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, enfatizou que as mulheres têm sido vítimas de racismo e machismo, e que a luta pela proteção das florestas é fundamental. Ela também criticou o Projeto de Lei (PL) 2.159/21, que facilita o licenciamento ambiental, alertando que isso pode fragilizar a defesa dos direitos indígenas.
A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana, defendeu que as políticas de proteção às mulheres indígenas devem ser priorizadas no planejamento orçamentário do Brasil. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou que o governo federal já desintrusou invasores de oito terras indígenas nos últimos dois anos, mas reconheceu que os desafios ambientais são enormes, especialmente para as mulheres que preservam a natureza.
As participantes da conferência, como Soraya Kaingang, de quarenta e quatro anos, relataram os impactos da agricultura convencional em suas comunidades, como a exposição a agrotóxicos. Soraya, que trouxe seus filhos para o evento, lamentou que as crianças de hoje enfrentam riscos que não existiam em sua infância. Para ela, a conferência é uma forma de contar suas histórias e buscar apoio para suas lutas.
O evento culminará na IV Marcha das Mulheres Indígenas, marcada para quinta-feira, 7. A mobilização em Brasília é uma oportunidade para que as vozes indígenas sejam ouvidas e suas demandas atendidas. A união em torno dessas causas pode ser um passo importante para garantir a proteção e os direitos das comunidades indígenas, que enfrentam desafios significativos em suas terras.
Irmã Eva, de 21 anos, ex-modelo e miss, compartilha que recebe cantadas e pedidos de casamento nas redes sociais, mas se mantém firme em sua vocação religiosa, realizando trabalhos sociais em comunidades vulneráveis.
A ANTT enviará estudos ao TCU sobre a Ferrogrão, com leilão previsto para 2024, enquanto comunidades indígenas contestam a consulta prévia e reivindicam R$ 1,7 bilhão em indenização. O projeto enfrenta forte resistência socioambiental.
O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, em parceria com a Codevasf, intensifica ações para fortalecer a apicultura no Brasil, promovendo sustentabilidade e aumento da produtividade.
Dona Nena, produtora de chocolate da Ilha do Combu, pleiteia uma mini-indústria para fortalecer a economia local e destaca a urgência da regularização fundiária para pequenos produtores na Amazônia. Ela representa a luta pela valorização do trabalho na floresta e a preservação ambiental na COP30.
Moradores de Itaparica manifestam preocupações sobre os impactos socioambientais da ponte Salvador-Itaparica, questionando a falta de consulta prévia e a especulação imobiliária na região. A obra, que promete transformar a dinâmica local, gera temores sobre a preservação ambiental e a qualidade de vida das comunidades tradicionais.
Durante o seminário Agroindústria Sustentável, especialistas debateram a recuperação de áreas degradadas e a inclusão de pequenos produtores no acesso a crédito e tecnologia, visando a produção sustentável no Brasil. O evento, mediado por Bruno Blecher, contou com a participação de autoridades como Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, e representantes de empresas do setor.