Roberto Lent, neurocientista da UFRJ, revela em seu livro "Existo, Logo penso" a influência das emoções na memória e propõe mudanças na educação baseadas em evidências científicas. Ele destaca a importância de um horário escolar adequado para melhorar o aprendizado.
Roberto Lent, neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), compartilha suas experiências e conhecimentos em seu livro Existo, Logo penso. A obra aborda a neurociência e o desenvolvimento cerebral, destacando a importância das emoções na formação de memórias e os impactos das mídias digitais na criatividade. Lent também sugere mudanças na educação, baseadas em evidências científicas, para melhorar o aprendizado dos alunos.
O autor relata um episódio marcante de sua vida, quando foi preso durante a ditadura militar. Ele ficou incomunicável por 25 dias, enfrentando solidão e pensamentos angustiantes. Para lidar com essa situação, Lent se dedicou a desfiar uma estopa, transformando-a em um barbante, o que simboliza sua luta interna. Essa experiência pessoal é entrelaçada com discussões sobre o cérebro em diferentes fases da vida, desde a infância até a velhice.
Um dos pontos centrais do livro é a relação entre emoção e memória. Lent explica que memórias ligadas a eventos emocionais são mais duradouras. Ele menciona que, ao envelhecer, o cérebro tende a esquecer informações menos relevantes para abrir espaço para novas. Além disso, o neurocientista destaca que as novas mídias digitais podem prejudicar a criatividade, uma vez que oferecem menos espaço para reflexão e emoção.
Em suas entrevistas, Lent discute a importância de momentos de inatividade para a criatividade. Ele afirma que, quando as pessoas não estão fazendo nada, diferentes regiões do cérebro se comunicam, favorecendo a geração de novas ideias. Essa conexão é essencial para o desenvolvimento da criatividade, que pode ser prejudicada pelo uso excessivo de dispositivos digitais.
O neurocientista também aborda a relação entre o horário escolar e a sonolência dos alunos. Ele argumenta que aulas muito cedo podem deixar as crianças meio adormecidas, afetando seu desempenho. Experimentos mostram que, ao atrasar o início das aulas, o rendimento dos alunos melhora significativamente. Lent defende uma educação baseada em evidências, que pode ser implementada em larga escala para beneficiar os estudantes.
As reflexões de Lent sobre a educação e o desenvolvimento cerebral ressaltam a necessidade de um olhar mais atento às condições de aprendizado. Projetos que visam melhorar a experiência educacional e o bem-estar dos alunos devem ser apoiados pela sociedade civil. A união em torno de iniciativas que promovam mudanças positivas pode fazer a diferença na vida de muitas crianças e jovens.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) oferece cursos gratuitos na plataforma MOOC GGTE e na Coursera, democratizando o acesso ao conhecimento e permitindo a obtenção de certificados. Essa iniciativa visa ampliar oportunidades no mercado de trabalho.
Ministro da Educação, Camilo Santana, cria grupo de especialistas para garantir transparência dos dados do Saeb e apresenta o Indicador Criança Alfabetizada como novo padrão de alfabetização.
O programa Qualifica SP oferece 2.580 vagas em cursos gratuitos de qualificação profissional em 33 municípios. Inscrições até 13 de julho; aulas começam em 21 de julho. Oportunidade para jovens e adultos se inserirem no mercado de trabalho.
Estão abertas as inscrições para a pós-graduação gratuita em Educação Matemática da Faculdade Sesi, voltada a professores da rede estadual de São Paulo e do Sesi-SP, com início em setembro de 2025. O curso, que oferece 360 horas de formação presencial, visa aprimorar metodologias colaborativas e resolver problemas matemáticos, beneficiando a qualidade do ensino. As inscrições vão até 2 de julho e a iniciativa busca formar 26 mil educadores até 2034, em parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Tragédias recentes envolvendo crianças por desafios na internet geram urgência em regulamentação. A morte de uma menina no Distrito Federal e outra em Pernambuco reacende o debate sobre segurança digital. Dados apontam que 56 crianças e adolescentes já sofreram acidentes graves devido a jogos perigosos online. A falta de discernimento dos jovens e a negligência familiar são fatores críticos. A educação midiática e a regulamentação do ambiente digital são essenciais para proteger os menores. O Projeto de Lei 2628 busca responsabilizar plataformas por conteúdos nocivos e garantir a segurança das crianças na internet.
Censo 2022 revela que apenas 47,2% dos hospitais e 31,8% das escolas têm rampas de acesso. Dados do IBGE mostram que a acessibilidade no Brasil é insuficiente, apesar das leis vigentes.