As águas do Oceano Pacífico Equatorial estão em condições neutras, dificultando previsões climáticas no Brasil, com aumento da imprevisibilidade de eventos extremos, segundo a NOAA e o Inmet.
A temperatura das águas do Oceano Pacífico Equatorial exerce influência significativa sobre o clima global, incluindo o Brasil. De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), entre junho e agosto, não são esperados fenômenos de aquecimento ou resfriamento anormais, mantendo a região em condições neutras durante o inverno. Essa neutralidade dificulta previsões climáticas, tornando o clima mais imprevisível.
Os fenômenos El Niño e La Niña, que fazem parte do sistema conhecido como El Niño-Oscilação Sul (ENSO), alteram a circulação atmosférica global e, consequentemente, a distribuição de chuvas e temperaturas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) destaca que, durante a fase de El Niño, o Norte e o Nordeste do Brasil enfrentam secas prolongadas, enquanto o Sul pode experimentar chuvas intensas, como as ocorridas em 2024.
Por outro lado, durante a fase de La Niña, as chuvas se intensificam na Amazônia, resultando em cheias que ultrapassam os níveis normais, afetando ribeirinhos. No Sul, essa condição pode levar a longos períodos de estiagem, comprometendo as safras agrícolas. Recentemente, especialistas notaram a manutenção da neutralidade nas águas do Pacífico, com temperaturas apenas 0,16ºC abaixo da média em abril.
As previsões indicam que a neutralidade deve persistir nos próximos meses, com uma probabilidade de 74% durante o inverno no hemisfério sul. Entre agosto e outubro, essa probabilidade permanece acima de 50%. Na ausência de fenômenos como El Niño ou La Niña, a variabilidade climática tende a ser mais local e sazonal, dificultando a previsão de chuvas e temperaturas.
Mesmo em condições neutras, o clima no Brasil pode ser afetado por fenômenos regionais, como frentes frias e a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que podem causar períodos de estiagem ou chuvas mal distribuídas. O Inmet ressalta que, apesar da neutralidade, a movimentação de massas de ar polar pode resultar em quedas bruscas de temperatura e chuvas intensas em regiões específicas.
O aquecimento global tem impactado a frequência e a intensidade dos fenômenos do ENSO e dos eventos climáticos extremos. O Inmet observa que, mesmo em condições neutras, as anomalias positivas na temperatura do ar têm sido registradas nos últimos trinta anos, especialmente em áreas urbanas. Essa situação evidencia a necessidade de união da sociedade civil para apoiar iniciativas que visem mitigar os impactos das mudanças climáticas e ajudar as comunidades mais vulneráveis.
Iniciativa privada na Amazônia avança em práticas sustentáveis, destacando bioeconomia e tecnologias sociais, com apoio de líderes como Alex Dias de Carvalho e João Meirelles.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou a recente aprovação do projeto de lei que altera o licenciamento ambiental, destacando riscos e a falta de aprendizado com desastres passados. A proposta, que tramita há mais de 20 anos, agora segue para a Câmara dos Deputados.
A secretária de Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis, criticou a empresa do Aterro Ouro Verde por sua inação em meio a problemas ambientais graves, enquanto o governo realiza ações emergenciais. Durante visita ao local, Vulcanis destacou que o governo está desobstruindo o rio e fornecendo água às comunidades afetadas. A empresa será responsabilizada por danos significativos, incluindo contaminação do solo e perdas agrícolas.
Ibama realiza a Operação Mata Viva na Paraíba, resultando em 42 autos de infração, embargos de 106,5 hectares de vegetação nativa e apreensão de 176 aves silvestres. A ação visa combater o desmatamento ilegal e proteger áreas indígenas.
Um projeto de urbanização na Avenida Boa Vista em Itaipu gera preocupação entre moradores e ambientalistas, pois pode ameaçar áreas reflorestadas do Córrego dos Colibris. O Coletivo Córregos da Tiririca pede que a via mantenha largura e sentido únicos, como na margem oposta, para preservar a vegetação ciliar e evitar erosões. Desde 2018, o grupo recuperou 600 metros da margem esquerda, utilizando técnicas agroflorestais e mobilizando mais de 120 voluntários. A prefeitura ainda analisa o projeto e promete diálogo com a comunidade.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defende que os 63 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei do Licenciamento Ambiental fortalecem a proteção ambiental e asseguram as metas de desmatamento zero e redução de emissões de CO2.