Meio Ambiente

Brasil assume papel central na COP30 para combater crimes ambientais e promover sustentabilidade na Amazônia

A Polícia Federal destruiu máquinas de garimpo ilegal no Parque do Tumucumaque, destacando a urgência de unir o setor privado no combate a crimes ambientais e na promoção de práticas sustentáveis.

Atualizado em
August 19, 2025
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Polícia Federal destrói máquinas utilizadas no garimpo ilegal na região do parque do Tumucumaque (AP) - Polícia Federal - 27.out.23/Divulgação

O Brasil enfrenta desafios críticos relacionados ao desmatamento e crimes ambientais, com compromissos de desmatamento zero e restauração ecológica nas metas climáticas. Recentemente, a Polícia Federal destruiu máquinas utilizadas em garimpo ilegal no Parque do Tumucumaque, no Amapá. Essa ação destaca a necessidade urgente de mobilização do setor privado para combater economias ilícitas e promover a rastreabilidade de produtos.

Os crimes ambientais têm um impacto devastador na biodiversidade e no uso da terra, especialmente na Amazônia. Esses crimes são alimentados por mercados ilícitos interconectados, controlados por organizações criminosas que operam além das fronteiras. O Brasil, ao assumir a presidência da COP30, tem a oportunidade de colocar o combate a esses crimes no centro da agenda climática, buscando apoio e capital internacionais.

Transformar o ecossistema do crime ambiental em um ambiente de empreendimentos sustentáveis é uma prioridade. O setor privado deve assumir um papel ativo, não apenas deixando a responsabilidade nas mãos das autoridades. É essencial que as empresas rastreiem suas cadeias de produção, especialmente aquelas ligadas a produtos da floresta, como agropecuários, ouro e madeira, onde a rastreabilidade é um dever.

Além disso, as instituições financeiras podem contribuir significativamente ao incluir critérios de risco ambiental e social nas suas operações. Isso permitirá identificar e evitar financiamentos que sustentem atividades ilegais. Seguir o fluxo financeiro e os produtos que são frequentemente legalizados em empreendimentos legítimos é crucial para desmantelar o ecossistema criminoso.

Empresas que reconhecem o impacto do crime ambiental em seus negócios podem promover um ambiente favorável à bioeconomia, que tem potencial para injetar US$ 593 bilhões anuais no PIB brasileiro até 2050. A união de esforços em torno da COP30 pode resultar em um pacto que beneficie todos, promovendo a proteção da biodiversidade e a redução das emissões de carbono.

Nesta conjuntura, a mobilização da sociedade civil é fundamental. Projetos que visam a proteção ambiental e a promoção de práticas sustentáveis devem ser incentivados. A união de esforços pode fazer a diferença na luta contra o crime ambiental e na construção de um futuro mais sustentável para todos.

Folha de São Paulo
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