O governo Lula implementou uma nova política de Educação a Distância, reduzindo a carga horária presencial em cursos de licenciatura para apenas 7,5%, gerando críticas sobre a qualidade da formação docente. O movimento Todos Pela Educação alerta que essa mudança compromete a formação prática dos professores e propõe revisão das diretrizes curriculares. O Ministério da Educação afirma que as diretrizes podem ser ajustadas, enquanto a Abmes apoia a necessidade de um alinhamento normativo.

A nova política de Educação a Distância (EAD), implementada pelo governo Lula em maio, estabelece que apenas 7,5% das aulas dos cursos de licenciatura devem ser presenciais. Essa mudança gerou preocupações sobre a qualidade da formação docente, especialmente considerando que anteriormente as diretrizes exigiam um mínimo de 50% de aulas presenciais. O movimento Todos Pela Educação calcula que a nova legislação pode comprometer a formação prática dos futuros professores.
Atualmente, as diretrizes curriculares das licenciaturas, definidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), determinam que os cursos devem incluir pelo menos 50% de carga horária presencial. Com a nova legislação, a modalidade semipresencial permite que 30% da carga horária seja presencial, enquanto 20% pode ser composta por aulas remotas ao vivo. As aulas a distância não podem ultrapassar 50% do total do curso.
Os cursos de licenciatura são estruturados em quatro núcleos de formação, totalizando 3.200 horas ao longo de quatro anos. Os núcleos 1 e 2 abordam conteúdos pedagógicos e específicos, enquanto os núcleos 3 e 4 incluem atividades de extensão e estágio, que devem ser presenciais. A nova legislação, no entanto, não especifica como a carga horária deve ser distribuída entre os formatos presencial, síncrono e a distância, levando a uma interpretação que poderia resultar em apenas 240 horas de atividades presenciais para os conteúdos específicos.
O estudo do Todos Pela Educação alerta que essa limitação de apenas 7,5% de aulas presenciais pode prejudicar a formação pedagógica e a interação necessária para a qualificação docente. A presidente-executiva da organização, Priscila Cruz, enfatiza que a qualidade do ensino no Brasil está diretamente ligada à formação dos professores, que deve ser robusta e prática.
O Ministério da Educação (MEC) afirmou que as diretrizes podem ser ajustadas para permitir um maior percentual de aulas presenciais, e que propostas de revisão serão avaliadas. A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) também manifestou apoio à necessidade de alinhar as diretrizes às novas regras da EAD, destacando a importância de garantir segurança jurídica e clareza regulatória.
Com a implementação das novas regras, as instituições de ensino têm um prazo de dois anos para se adaptar. Em um cenário onde a formação de professores é crucial, a sociedade civil pode desempenhar um papel fundamental em apoiar iniciativas que promovam a qualidade da educação. A união em torno de projetos que visem fortalecer a formação docente pode ser um passo importante para garantir um futuro melhor para a educação no Brasil.

O ministro da Educação, Camilo Santana, se opõe a cortes orçamentários e defende investimentos no programa de bolsas Pé-de-Meia, essencial para a educação básica. Ele critica a proposta de déficit zero e pede apoio do Congresso.

Escolas como Avenues São Paulo e Start Anglo Bilingual School estão adotando inteligência artificial para personalizar o ensino e diagnosticar proficiências, promovendo uma aprendizagem dinâmica e colaborativa.

A Microsoft e a Nova Escola lançaram o curso gratuito "Professores do Futuro", que capacitará dez mil educadores no uso ético da Inteligência Artificial na educação, impactando sessenta mil alunos. O curso inclui dez planos de aula alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e recursos da Microsoft, promovendo a integração da IA no ensino fundamental.

Quatorze mulheres receberam certificados após concluir o curso Fundamentos da Nuvem, promovido pela Amazon Web Services (AWS) e Senai-DF, com foco em capacitação tecnológica. A iniciativa visa aumentar a presença feminina na área de tecnologia.

O Ministério da Educação (MEC) planeja fechar até metade dos 50 mil polos de ensino a distância, visando melhorar a qualidade do ensino e restringir cursos 100% online em áreas como Engenharia e Saúde. As novas normas estabelecerão uma estrutura mínima para os polos, que atualmente incluem locais inadequados, como salas em cima de padarias. O MEC busca um pacto pela credibilidade da educação a distância, priorizando a qualidade e a acessibilidade para a população mais pobre.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-SP) abriu inscrições para curso gratuito de aprendizagem industrial, destinado a jovens de 14 a 24 anos. As aulas visam capacitar para o primeiro emprego na indústria. As inscrições vão até 11 de junho, com provas agendadas entre 3 e 26 de junho.