O projeto do novo Centro de Treinamento do Santos, financiado pelo pai do jogador Neymar, ameaça 90 mil m² de vegetação nativa da Mata Atlântica e enfrenta forte oposição de moradores e ONGs. A construção, que não possui licenciamento ambiental, é vista como um retrocesso à preservação do bioma, já que a área é remanescente do Parque Estadual Xixová-Japuí. A resistência da comunidade e a falta de consulta pública levantam preocupações sobre os impactos ambientais.
O novo projeto do Centro de Treinamento (CT) do Santos Futebol Clube, anunciado pelo empresário Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar, está gerando controvérsias. A construção, prevista para ocorrer em Praia Grande, no litoral sul paulista, ameaça 90 mil metros quadrados de vegetação nativa da Mata Atlântica. O projeto não recebeu o licenciamento ambiental necessário e enfrenta resistência de moradores e organizações não governamentais (ONGs).
A vegetação em questão é remanescente do Parque Estadual Xixová-Japuí, que abriga uma rica biodiversidade. A proposta inclui a construção de três campos de futebol, um estádio para 25 mil pessoas, além de uma rede de hotéis e uma academia. Apesar do anúncio da inauguração para 2026, especialistas alertam que a obra contraria a legislação que protege a Mata Atlântica, que proíbe a destruição do bioma para empreendimentos privados.
Luís Fernando Guedes Pinto, diretor da ONG SOS Mata Atlântica, destaca que a derrubada da vegetação só é permitida em áreas privadas se houver um interesse social comprovado, o que não se aplica ao projeto do CT. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMA) de Praia Grande informaram que ainda não receberam o pedido de licenciamento para a construção.
Moradores da região expressaram preocupação com os impactos ambientais da obra. Leniro Guedes, presidente da Associação dos Moradores do Canto do Forte, afirmou que o projeto foi anunciado sem consulta à comunidade local. Ele ressaltou a importância da preservação da vegetação nativa, que desempenha um papel crucial na manutenção do clima e da biodiversidade.
Uma petição online contra a construção já reuniu mais de mil assinaturas, com cidadãos de diversas partes do país se manifestando contra o desmatamento. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) está analisando a situação, mas a denúncia não menciona explicitamente a derrubada da vegetação, apenas a possibilidade de que isso ocorra.
Em um momento em que o Brasil se compromete a reduzir o desmatamento, a construção do CT do Santos levanta questões sobre a proteção da Mata Atlântica, o bioma mais degradado do país. A união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir a preservação ambiental e promover iniciativas que respeitem a natureza, contribuindo para um futuro mais sustentável.
Um bicho-preguiça ferido foi resgatado no Parque Estadual da Pedra Branca, possivelmente vítima de descarga elétrica. O animal está sob cuidados veterinários e será reabilitado para a natureza.
Neste domingo, dez baleias jubarte foram avistadas na Praia Grande, em Arraial do Cabo, encantando visitantes. A FUNTEC ampliará o monitoramento com mais lunetas acessíveis para observação.
O Programa FAPESP para o Atlântico Sul e Antártica (PROASA) visa aumentar o investimento em pesquisa oceânica no Brasil, promovendo parcerias e abordagens interdisciplinares. O Brasil, com vasta área marítima e população costeira significativa, investe apenas 0,03% em pesquisa oceânica, muito abaixo da média global de 1,7%. O PROASA busca fortalecer a ciência e a sustentabilidade na região, integrando diferentes saberes e promovendo a coprodução de conhecimento com a comunidade local.
A população de baleias jubarte, que quase foi extinta na década de 1980, agora chega a 30 mil, com avistagens em novas regiões, como Ilhabela, e um guia de segurança foi criado para proteger os animais e turistas.
Uma mancha de óleo foi identificada no Rio Sarapuí, em Duque de Caxias, mobilizando técnicos do Inea e da prefeitura para contenção e monitoramento. A origem do vazamento ainda é desconhecida.
O Pampa, bioma brasileiro, enfrenta grave perda de vegetação campestre, com 140 mil hectares desaparecendo anualmente e apenas 0,5% protegido, exigindo urgente valorização e proteção. A transformação em lavouras de soja é a principal causa dessa devastação.