Cynthia Valerio, da Abeso, enfatiza a obesidade como doença, não apenas estética, e critica o uso indiscriminado de canetas emagrecedoras, defendendo tratamentos individualizados e diretrizes mais rigorosas.

A obesidade é um problema de saúde pública que frequentemente é tratado como uma questão estética. Cynthia Valerio, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), defende que a obesidade deve ser encarada como uma doença. Durante sua apresentação no Congresso Internacional de Cardiologia da Rede D'Or, Valerio destacou a importância de individualizar os tratamentos e de considerar as complicações associadas à condição.
Valerio afirmou que há uma grande desinformação sobre o tratamento da obesidade, especialmente em relação ao uso de canetas emagrecedoras. Ela enfatizou que a condição não deve ser vista apenas como um fator de risco, mas sim como uma doença que requer atenção médica. Segundo ela, o diagnóstico deve ser baseado em fatores como o índice de massa corporal (IMC) e complicações clínicas, e não apenas na estética.
A endocrinologista ressaltou que o IMC, embora importante, não deve ser o único critério para definir a obesidade. Ela mencionou que alguns pacientes podem ter excesso de tecido adiposo diagnosticado de outras formas. Valerio também alertou para o uso indiscriminado de medicamentos, que pode levar à crença equivocada de que a obesidade é apenas uma questão de força de vontade.
Ela destacou que muitos pacientes chegam aos consultórios solicitando medicamentos específicos, sem entender que o tratamento deve ser orientado por um médico. Valerio defendeu que a abordagem deve incluir uma fase de perda de peso e uma fase de manutenção, com acompanhamento individualizado. A Abeso está trabalhando para trazer diretrizes de tratamento mais adequadas para a saúde pública.
Atualmente, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) está avaliando a incorporação de medicamentos como a liraglutida (Saxenda) e a semaglutida (Wegovy) no Sistema Único de Saúde. Valerio argumentou que é incoerente que esses tratamentos ainda não estejam disponíveis no SUS, considerando a gravidade da obesidade como doença.
Ela alertou que o tempo médio de tratamento com medicamentos como o Ozempic é de apenas dois meses, o que pode ser insuficiente para resultados efetivos. Valerio concluiu que é necessário um debate mais sério sobre a obesidade e seu tratamento, e que a sociedade deve se mobilizar para apoiar iniciativas que promovam a saúde e o bem-estar de todos.

Pesquisadores da USP descobriram nove microRNAs desregulados que ligam diabetes tipo 2 ao câncer de mama, abrindo novas possibilidades para terapias e biomarcadores em pacientes diabéticos. Essa conexão revela a importância dos microRNAs na regulação de processos biológicos e no prognóstico do câncer, destacando a necessidade de mais estudos para entender suas interações.
Hospital da Criança de Brasília celebra um ano da inclusão de medicamento para fibrose cística no SUS, que melhora a qualidade de vida dos pacientes e reduz a necessidade de transplante pulmonar. A nova medicação, que atua em nível celular, trouxe resultados significativos, como a redução de sintomas em 91,9% dos pacientes. A cerimônia contou com a presença de especialistas e familiares, destacando a importância do tratamento.

Até 2030, expiração de 1,5 mil patentes de medicamentos permitirá genéricos mais acessíveis, beneficiando consumidores e o SUS. Novo Nordisk busca extensão da patente da semaglutida, com decisão do STJ pendente.

Hospital das Clínicas da USP, referência em pesquisa, iniciou mais de 2.300 protocolos em 2023 e 2024 e planeja um novo centro de pesquisas para 2026, ampliando sua liderança em estudos clínicos.

A CAS do Senado aprovou projetos que antecipam a mamografia pelo SUS para mulheres a partir de 30 anos com histórico familiar e 40 anos para rastreamento anual, visando aumentar a detecção precoce do câncer de mama. A mudança pode impactar R$ 100 milhões em 2026, mas é considerada essencial para salvar vidas e reduzir a mortalidade.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal ampliou a aplicação do Nirsevimabe para recém-nascidos prematuros, visando prevenir complicações respiratórias graves. A medida busca reduzir internações em UTIs neonatais.