A neurologista Dana Boering, no 1º Congresso Latino-Americano da WFNR, enfatizou a motivação e ambientes enriquecidos na reabilitação de lesões cerebrais, propondo inovações como música e tecnologia.

A neurologista Dana Boering, secretária-geral da Federação Europeia de Neurorreabilitação, foi a palestrante principal na tarde do segundo dia do 1º Congresso Latino-Americano da World Federation for Neurorehabilitation (WFNR), realizado em Brasília. Durante sua apresentação, Boering enfatizou a importância da motivação e do ambiente enriquecido na recuperação de pacientes com lesões cerebrais, propondo uma abordagem que vai além dos protocolos médicos tradicionais.
Boering argumentou que a motivação deve ser vista como um estado natural do ser humano, não algo que deve ser imposto. Ela sugeriu que os profissionais de saúde repensem o ambiente hospitalar, criando espaços mais agradáveis e estimulantes. “Precisamos desenvolver equipamentos que interajam com o paciente e tornar o hospital um lugar acessível e emocionalmente positivo”, afirmou a neurologista.
A especialista também destacou a relevância de um ambiente enriquecido, que pode impactar positivamente o comportamento e a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de formar novas conexões. Contudo, ela alertou sobre a falta de padronização desses ambientes na prática clínica, o que dificulta a comparação de resultados entre diferentes centros de tratamento.
Durante a palestra, Boering explorou o uso de tecnologias como realidade virtual e gamificação na reabilitação. Essas ferramentas, segundo ela, oferecem oportunidades para que os pacientes se envolvam de forma mais ativa, especialmente em situações inesperadas que estimulam o cérebro. “Esses elementos aumentam o engajamento do paciente e podem potencializar os efeitos terapêuticos”, explicou.
Outro ponto abordado foi o papel da música no processo de recuperação. Boering destacou que ouvir música rítmica ativa áreas do cérebro ligadas à função motora e à cognição, contribuindo para a motivação dos pacientes. Essa abordagem inovadora pode transformar a experiência de reabilitação, tornando-a mais eficaz e prazerosa.
Iniciativas que promovam ambientes mais estimulantes e o uso de tecnologias na reabilitação são essenciais. A sociedade civil pode se unir para apoiar projetos que visem melhorar a qualidade de vida de pacientes em recuperação, garantindo que todos tenham acesso a tratamentos mais eficazes e humanizados.

Tim Friede, ex-mecânico americano, expôs-se a picadas de cobras venenosas por quase duas décadas, resultando em anticorpos que podem revolucionar o tratamento de envenenamentos. Pesquisadores estudam esses anticorpos, que neutralizam venenos, incluindo o da mamba negra.

Estudo revela que o consumo diário de feijão preto e grão-de-bico reduz inflamações e colesterol em pessoas com pré-diabetes, destacando seu papel na prevenção de doenças crônicas. Pesquisadores recomendam sua inclusão nas refeições.

O Brasil intensifica a vacinação contra o sarampo em cidades fronteiriças, especialmente no Acre, devido a surtos na Bolívia, com doação de 600 mil doses e eventos de capacitação para profissionais de saúde.

Pesquisadores do Instituto Butantan e da USP descobriram compostos de origem animal que eliminam o parasita da esquistossomose, oferecendo novas esperanças de tratamento. A pesquisa destaca venenos de serpentes e extratos de besouros como promissores, superando as limitações do Praziquantel, único medicamento disponível.

Até agosto, 101 hospitais aderiram ao programa "Agora Tem Especialistas", que oferece atendimento a pacientes do SUS na rede privada em troca de abatimento de dívidas. A adesão representa apenas 3% das instituições devidas à União.

Estudo da Universidade de São Paulo propõe a vacina BCG como vetor para antígenos do SARS-CoV-2, visando uma resposta imunológica mais duradoura contra novas variantes do coronavírus. A pesquisa destaca a necessidade de vacinas mais robustas, já que as variantes, como a ômicron, têm desafiado a eficácia dos imunizantes atuais.