Em 2020, o Pantanal sofreu incêndios devastadores, queimando mais de 30% da área e matando 17 milhões de vertebrados. Parcerias recentes visam restaurar o ecossistema e promover a sustentabilidade na região.
Em 2020, o Pantanal enfrentou incêndios devastadores, queimando mais de 30% de sua área e resultando na morte de pelo menos 17 milhões de vertebrados. A destruição afetou tanto a infraestrutura local quanto a economia, exigindo um grande investimento de recursos públicos e privados para combater as chamas. Imagens de animais mortos e vegetação queimada geraram a impressão de que a região estava à beira do colapso. Contudo, a resiliência dos ecossistemas, aliada a parcerias entre instituições e programas governamentais, traz esperança para a recuperação do Pantanal.
O Pantanal, uma vasta planície inundável que se estende por 179 mil km², possui uma rica história de ocupação humana que remonta a cerca de oito mil anos. A colonização, iniciada pelos espanhóis no século 16 e continuada pelos portugueses, transformou a região. A população pantaneira, composta por indígenas, africanos e europeus, desenvolveu uma cultura voltada para a pecuária e a pesca tradicional, mantendo um delicado equilíbrio entre a produção econômica e a conservação da biodiversidade.
Atualmente, mais de 90% do Pantanal é ocupado por fazendas, que produzem cerca de 3,8 milhões de cabeças de gado. Apesar disso, espécies ameaçadas, como onças-pintadas e araras-azuis, ainda habitam a região. O sistema de uso rotativo das pastagens e o conhecimento profundo dos pescadores tradicionais sobre os rios e peixes têm contribuído para a recuperação dos estoques pesqueiros. No entanto, a seca extrema e os incêndios de 2020, muitos deles causados por ações humanas, trouxeram impactos severos.
Após os incêndios, uma nova onda de colaboração entre atores locais, instituições de pesquisa e o governo começou a se formar. Em julho de 2023, foi publicado um volume especial da revista Conservation Science and Practice, que reúne artigos sobre a situação do Pantanal e as iniciativas de conservação. Pesquisadores e tomadores de decisão se uniram para discutir problemas e sugerir soluções que mantenham o Pantanal como um exemplo de sustentabilidade.
O governo de Mato Grosso do Sul lançou o Fundo Clima Pantanal, uma estratégia de conservação que visa promover pagamentos por serviços ambientais e créditos de biodiversidade. Além disso, a coalizão Pontes Pantaneiras, formada por instituições como a Universidade de Londres e o Instituto de Pesquisas Ecológicas, tem apoiado projetos de fazendas sustentáveis. Mais de sessenta fazendas em Mato Grosso estão participando, e um programa piloto foi iniciado em Mato Grosso do Sul.
Apesar dos avanços, o Pantanal ainda enfrenta desafios significativos, como intervenções no rio Paraguai e a necessidade de políticas de conservação que incluam a participação social. Questões de infraestrutura e serviços públicos também precisam de atenção. No entanto, a esperança de um Pantanal conservado para as futuras gerações se renova com o fortalecimento do diálogo e das parcerias. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a recuperação e a preservação desse ecossistema único.
Incêndios florestais no Brasil aumentam em frequência e intensidade, devastando áreas maiores que a Itália em 2024, devido a fatores climáticos e humanos, sem um sistema nacional eficaz de combate. A combinação de mudanças climáticas e degradação ambiental tem intensificado os incêndios na Amazônia e no Pantanal, revelando a urgência de um sistema nacional de combate a incêndios.
Relatório do Greenpeace revela aumento de 93% na devastação da TI Sararé, enquanto outras terras indígenas apresentam queda. Garimpeiros migram para áreas menos protegidas.
Um novo projeto de energia solar foi lançado, com previsão de aumentar a capacidade de geração em trinta por cento em dois anos, impulsionado por investimentos privados e apoio governamental.
Um conselho de adaptação foi criado para apoiar a presidência da COP30 em Belém, reunindo especialistas como Ellen Johnson Sirleaf e Avinash Persaud, com foco na resiliência climática global. O grupo busca dialogar e orientar sobre questões climáticas urgentes, especialmente para populações vulneráveis.
A produção de concreto no Brasil gera 6,4% das emissões de gases do efeito estufa, e a falta de separação de resíduos da construção civil limita a reciclagem a apenas 30%. Jundiaí é um exemplo positivo de gestão.
A Praia de Botafogo é considerada própria para banho, com águas limpas e avistamento de tartarugas marinhas, após intervenções de saneamento. O Inea confirma a melhoria na balneabilidade, atraindo cariocas e turistas.