Hemerson Dantas dos Santos, etnobotânico Pataxó Hã-Hã-Hãi, catalogou 175 plantas medicinais da comunidade, unindo saberes tradicionais e ciência contemporânea, em um estudo inédito. A pesquisa destaca a importância da preservação cultural e dos conhecimentos ancestrais diante da modernidade.
Hemerson Dantas dos Santos, etnobotânico indígena do povo Pataxó Hã-Hã-Hãi, conduziu um estudo inovador que catalogou 175 plantas medicinais utilizadas pela sua comunidade no sul da Bahia. O trabalho, publicado no Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, destaca 43 espécies que tratam diabetes, hipertensão e verminoses, resgatando saberes tradicionais e conectando-os a evidências científicas contemporâneas.
O estudo foi realizado de forma participativa, com Hemerson atuando como pesquisador e membro da comunidade. Ele entrevistou dezenove pessoas, com idades entre cinquenta e oitenta e cinco anos, selecionadas por sua reputação em práticas de cura. A pesquisa revelou a amplitude das perdas culturais e ambientais enfrentadas pelos Pataxó Hã-Hã-Hãi, que foram deslocados de suas terras em 1948 e só retornaram em 1982, resultando na perda de conhecimento sobre plantas nativas.
Durante a pesquisa, Hemerson coletou dados sobre as plantas e suas aplicações, comparando o conhecimento tradicional com a literatura acadêmica. Ele encontrou que setenta e nove por cento das plantas estudadas tinham seu uso respaldado por pesquisas científicas. Essa abordagem não apenas documenta saberes ancestrais, mas também reafirma a capacidade da comunidade de produzir conhecimento científico sem abrir mão de sua identidade cultural.
Hemerson, que é doutorando na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), destaca a importância de valorizar o conhecimento indígena na academia. Ele observa que, embora haja um aumento no número de estudantes indígenas nas universidades, ainda existe uma desconexão entre os saberes tradicionais e a ciência acadêmica. O reconhecimento e a valorização desses saberes são essenciais para a preservação cultural e ambiental.
A pesquisa também reflete sobre a transformação das práticas de cura na comunidade, onde muitos participantes, agora evangélicos, substituíram rituais tradicionais por orações. Essa mudança, somada à introdução de doenças como diabetes e hipertensão, representa um desafio significativo para a transmissão de conhecimentos entre as gerações mais jovens.
Iniciativas como a de Hemerson são fundamentais para a preservação do conhecimento indígena e para a promoção da saúde na comunidade. A união em torno de projetos que valorizem e apoiem essas pesquisas pode fazer uma diferença significativa na recuperação e manutenção dos saberes ancestrais, beneficiando não apenas os Pataxó Hã-Hã-Hãi, mas também outras comunidades que enfrentam desafios semelhantes.
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