Estudo revela que a pecuária brasileira supera limite de emissões para metas climáticas. Pesquisadoras da Unifesp alertam que práticas sustentáveis podem reduzir custos sociais em até US$ 42,6 bilhões.

Um estudo realizado com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por pesquisadoras do Laboratório de Economia, Saúde e Poluição Ambiental (Lespa) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que a pecuária brasileira emite mais do que o dobro do limite necessário para que o país cumpra suas metas ambientais internacionais. As emissões do setor foram projetadas entre 0,42 e 0,63 gigatoneladas de CO2 equivalente (GtCO2e) até 2030, superando o limite de 0,26 GtCO2e estabelecido na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Acordo de Paris.
A pesquisa utilizou dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) e analisou registros de emissões entre os anos de 2000 e 2020. A NDC vigente até 2024 prevê uma redução de 43% nas emissões até 2030 em comparação a 2005. Em novembro de 2022, o Brasil atualizou seu compromisso, propondo uma redução das emissões líquidas de gases de efeito estufa entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2 equivalente até 2035, o que representa uma queda de 59% a 67% em relação a 2005.
As pesquisadoras calcularam a taxa média de emissão de CO2 por tonelada de carne bovina produzida, que resultou em 51,86 toneladas de carbono equivalente por tonelada de carne. Esse valor foi projetado com base nas previsões do Ministério da Agricultura para a produção nacional ao longo desta década. É importante destacar que os dados utilizados não incluem as emissões indiretas associadas à produção de carne bovina, como desmatamento e uso de máquinas.
O estudo também quantificou o impacto financeiro das emissões na sociedade através do custo social do carbono (CSC), que avalia os efeitos não comerciais sobre o meio ambiente e a saúde humana. Os cálculos indicam que o potencial de redução de custos sociais varia entre US$ 18,8 bilhões e US$ 42,6 bilhões até 2030, dependendo do cumprimento das metas. Esses recursos poderiam ser redirecionados para investimentos em práticas de produção pecuária mais sustentáveis.
A primeira autora do estudo, a bióloga Mariana Vieira da Costa, enfatizou a importância do setor de carne bovina para a economia e a alimentação dos brasileiros. Ela ressaltou que o objetivo da pesquisa não é desencorajar a produção ou o consumo de carne, mas promover uma discussão sobre a produção atual, que está ligada ao desmatamento e altas emissões, sem a adoção de técnicas sustentáveis.
As conclusões do estudo indicam a necessidade de implementar práticas que mitiguem as emissões na cadeia produtiva. Essa mudança não apenas contribuiria para a redução dos custos associados às mudanças climáticas, mas também poderia beneficiar a sociedade como um todo. Nessa situação, nossa união pode ajudar a promover práticas mais sustentáveis e a garantir um futuro melhor para todos.

Projeto no Rio Grande do Sul visa implantar 20 mil quilômetros de redes de esgoto, aumentando a cobertura de esgotamento sanitário de 0% a 90% em dez anos, com foco em resiliência climática. A iniciativa busca transformar a gestão de saneamento, promovendo saúde pública e desenvolvimento sustentável.

Em 24 de julho, a humanidade atingiu o Dia da Sobrecarga da Terra, consumindo recursos além da capacidade do planeta, com impactos alarmantes na biodiversidade e nas emissões de carbono. A Global Footprint Network alerta para a urgência de mudanças no consumo.

O Brasil avança na energia eólica offshore com a concessão da primeira licença prévia para um projeto no litoral de Areia Branca (RN), promovendo a sustentabilidade e inovação no setor. A licença, entregue pelo Ibama, abre caminho para um planejamento ambiental robusto e ações de gestão que visam mitigar impactos sociais e ecológicos.

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