A Polícia Federal apreendeu 600 jabutis em um ônibus no Rio de Janeiro, evidenciando o tráfico ilegal de animais silvestres, um crime que compromete a biodiversidade e gera lucros exorbitantes. Os jabutis, que seriam entregues na Baixada Fluminense, foram encontrados em condições precárias, refletindo a gravidade do tráfico, que afeta milhares de espécies no Brasil e no mundo.
A Polícia Federal realizou uma apreensão significativa de animais silvestres no Rio de Janeiro, na última quinta-feira, 31. Durante uma operação em um ônibus interestadual, foram encontrados 600 jabutis acondicionados em uma mala. O transporte dos animais se dava de Feira de Santana, na Bahia, com destino à Baixada Fluminense. Essa ação evidencia a continuidade do tráfico ilegal de fauna, um crime que gera lucros exorbitantes e compromete a biodiversidade.
Os jabutis, que estavam em condições precárias, enfrentam uma taxa de sobrevivência alarmante, com apenas um em cada dez conseguindo sobreviver ao tráfico. Esse crime não apenas retira os animais de seus habitats naturais, mas também os condena a uma morte lenta e dolorosa. O tráfico de animais silvestres ocupa a quarta posição entre os crimes mais lucrativos globalmente, atrás do comércio ilegal de armas, drogas e pessoas.
No Brasil, estima-se que cerca de 38 milhões de animais silvestres sejam retirados da natureza anualmente, representando 15% do total comercializado em todo o mundo. O Relatório Global sobre a Vida Selvagem e os Crimes Florestais de 2024, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), aponta que o tráfico de animais silvestres não apresenta sinais de diminuição, afetando aproximadamente quatro mil espécies, incluindo jabutis ameaçados.
Entre as espécies de jabutis, o jabuti-piranga é classificado como vulnerável, enquanto o jabuti-tinga está em perigo, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Além do transporte inadequado, a destruição de habitats naturais é um fator crítico que contribui para a saúde debilitada e a mortalidade dos animais traficados.
A população pode contribuir para a proteção da fauna silvestre denunciando o comércio ilegal ou a posse de animais sem registro pelo telefone 181. Apenas estabelecimentos e criadouros autorizados pelo IBAMA têm permissão para comercializar esses animais. É fundamental que os consumidores pesquisem sobre os comerciantes antes de adquirir qualquer animal silvestre, evitando assim fortalecer redes ilegais.
Essa situação alarmante exige uma mobilização da sociedade civil para promover a conservação da biodiversidade. A união em torno de projetos que visem a proteção e recuperação de espécies ameaçadas pode fazer a diferença na luta contra o tráfico de animais silvestres e na preservação do nosso patrimônio natural.
Entre 20 e 29 de maio de 2025, o Ibama, em colaboração com a Cetesb e a Marinha do Brasil, conduziu a Operação Inventário no Porto de Santos e Guarujá, visando aprimorar a resposta a emergências ambientais. A ação envolveu a vistoria de terminais e a verificação de estruturas para lidar com vazamentos de óleo, com a participação de equipes de diversos estados. O relatório final, que detalhará as condições encontradas, será enviado aos órgãos competentes para garantir a regularização das inadequações.
Homem é multado em R$ 7,5 mil por perseguir elefante-marinho-do-sul em Criciúma, SC. O Ibama destaca a importância de respeitar a fauna migratória e as consequências legais para atos de molestamento.
Quatro araras-canindé foram reintroduzidas no Parque Nacional da Tijuca, após 200 anos de extinção na região. O projeto, apoiado pelo ICMBio, visa a adaptação das aves antes da soltura completa em seis meses.
O Parque da Cidade, em Belém, foi fechado para a instalação dos pavilhões da COP 30, que contará com áreas restritas e abertas ao público. O espaço, que recebeu mais de 670 mil visitantes em dois meses, reabrirá com novas estruturas após a conferência.
A cheia do Rio Negro em Manaus atinge 29,04 metros, afetando 40 municípios do Amazonas. A prefeitura constrói pontes e distribui cestas básicas para mitigar os impactos da situação.
Projeto-piloto no Pará utiliza chips para rastrear gado, buscando garantir carne sem desmatamento. Pecuaristas pedem apoio governamental para viabilizar a tecnologia e atender exigências internacionais.