Pesquisadores da FMUSP revelam que a poluição do ar e as mudanças climáticas aumentam riscos de parto prematuro e problemas de saúde a longo prazo em crianças, além de encurtar telômeros em fetos. A pesquisa, que revisou 86 estudos recentes, destaca que a exposição a poluentes compromete a saúde materna e fetal, elevando a chance de complicações como diabetes gestacional e restrição de crescimento intrauterino.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) identificaram que a poluição do ar e as mudanças climáticas têm impactos significativos na saúde materna e fetal. A análise, que revisou oitenta e seis estudos recentes, revelou que esses fatores aumentam os riscos de complicações como parto prematuro e restrição de crescimento fetal. Além disso, a pesquisa sugere que a exposição a poluentes pode resultar em problemas de saúde a longo prazo, como deficiências no neurodesenvolvimento e hipertensão nas crianças.
Mariana Veras, primeira autora do estudo, destacou que a placenta, antes considerada uma barreira eficaz contra poluentes, tem uma capacidade limitada de proteção. Os pesquisadores observaram que a contaminação por dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2) e material particulado (MP) está associada a um aumento do risco de diabetes gestacional e complicações hipertensivas durante a gravidez, como a pré-eclâmpsia.
Os dados também indicam que a exposição a esses poluentes aumenta em quinze por cento a chance de ruptura prematura de membranas, o que pode levar a infecções e partos prematuros. A pesquisa encontrou uma forte correlação entre poluição e baixo peso ao nascer, o que pode resultar em problemas de saúde ao longo da vida, como obesidade e diabetes. Além disso, a exposição pré-natal a poluentes está ligada a malformações congênitas e dificuldades no desenvolvimento cognitivo das crianças.
Embora as evidências sobre as mudanças climáticas sejam menos conclusivas, a pesquisa sugere que o aumento da temperatura está associado a um maior risco de parto prematuro e natimortos. A cada aumento de um grau Celsius, a chance de parto prematuro cresce cinco por cento, e durante ondas de calor, esse risco sobe para dezesseis por cento. As temperaturas elevadas também estão ligadas a um aumento nas doenças respiratórias infantis, como asma.
As mulheres grávidas são particularmente vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, devido a alterações fisiológicas que ocorrem durante a gestação. Isso pode prejudicar sua capacidade de lidar com estressores ambientais, aumentando o risco de problemas de saúde mental, como a depressão pós-parto. A pesquisa também revelou que a exposição a poluentes pode encurtar os telômeros, estruturas que protegem o DNA, indicando um envelhecimento celular acelerado.
Com mais de noventa por cento das mortes relacionadas à poluição do ar ocorrendo em países de baixa e média renda, a pesquisa enfatiza a importância de garantir assistência médica e nutrição adequada para gestantes. Em um cenário de mudanças climáticas e poluição, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem melhorar a saúde materna e infantil, promovendo um futuro mais saudável para as próximas gerações.

O Ibama participou do projeto Embarque Sustentável em Maceió, promovendo a conscientização sobre o tráfico de animais silvestres com uma exposição interativa no VLT. A ação, que incluiu uma gaiola interativa e petrechos ilegais, atraiu grande público e reforçou a importância da proteção da fauna. O projeto terá nova edição em 26 de julho.

O Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançou um hub de economia e clima, visando integrar conhecimento científico e promover ações climáticas no Brasil, que enfrenta desafios institucionais. O evento destacou a urgência de transitar de uma gestão reativa para estratégias preventivas, com especialistas apontando que o Brasil possui vantagens únicas, como um vasto capital natural e uma matriz energética limpa.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou o Projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental, alertando para retrocessos e a necessidade de fortalecer o Ibama. A proposta, que tramita há mais de 20 anos, pode gerar uma "guerra da 'licencidade' ambiental".

Um estudo da London School of Hygiene & Tropical Medicine revela que um aumento de 1°C na temperatura média diária pode elevar em 22% o risco de mortalidade infantil, afetando gravemente crianças e grávidas. A pesquisa destaca a vulnerabilidade de um bilhão de crianças e a necessidade urgente de políticas públicas para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Um bicho-preguiça ferido foi resgatado no Parque Estadual da Pedra Branca, possivelmente vítima de descarga elétrica. O animal está sob cuidados veterinários e será reabilitado para a natureza.

O BNDES lançou um edital de R$ 10 bilhões para projetos de energias renováveis no Nordeste, com propostas aceitas até 15 de setembro. A iniciativa visa impulsionar a transição energética e a descarbonização no Brasil.