A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou o Projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental, alertando para retrocessos e a necessidade de fortalecer o Ibama. A proposta, que tramita há mais de 20 anos, pode gerar uma "guerra da 'licencidade' ambiental".
Pouco antes da votação do Projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestou a posição do governo contra os retrocessos que o projeto pode trazer. Ela destacou que o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, está em diálogo com os parlamentares para evitar essas mudanças prejudiciais. A proposta, que tramita há mais de 20 anos, pode permitir que alguns empreendimentos sejam dispensados de licenciamento, gerando uma competição entre os Estados para atrair investimentos.
Marina Silva alertou que a nova lei pode criar uma "guerra da 'licencidade' ambiental", onde Estados flexibilizariam regulamentos para atrair empresas. Ambientalistas criticam o projeto, afirmando que ele representa os maiores retrocessos ambientais em quatro décadas. O Observatório do Clima enviou uma carta ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacando os riscos associados às propostas em discussão.
Durante uma coletiva de imprensa, a ministra enfatizou que um afrouxamento das exigências de licenciamento pode comprometer as metas de redução de emissões de gases poluentes e afetar as negociações do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Ela defendeu que é possível agilizar o processo de licenciamento sem relaxar as regras, mencionando esforços para fortalecer o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Marina também comentou sobre a autorização dada pelo Ibama para que a Petrobras inicie pesquisas de exploração de petróleo na bacia da Foz do Rio Amazonas. Ela minimizou a questão, afirmando que o órgão frequentemente concede autorizações para empresas. A ministra ressaltou que a decisão sobre a exploração de petróleo é do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no qual o governo possui um voto.
Questionada sobre declarações da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sobre a exploração na Margem Equatorial, Marina optou por não comentar diretamente. Em um evento recente, Chambriard descreveu a exploração de petróleo na região como uma oportunidade estratégica para o Brasil, utilizando uma frase popularizada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Marina Silva, ao abordar a questão, citou a filósofa Hannah Arendt, enfatizando a importância de preservar as condições de vida. A ministra afirmou que ainda não tinha informações sobre tentativas de petroleiras para alterar os trâmites de licenciamento do Ibama, o que demonstra a complexidade e a relevância do debate em torno do licenciamento ambiental no Brasil. A mobilização da sociedade civil é crucial para garantir que as questões ambientais sejam priorizadas nas decisões políticas.
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2.159/2021, que institui a Licença Ambiental Especial e o autolicenciamento, provocando reações negativas entre ambientalistas e especialistas. A medida é vista como um retrocesso nas políticas ambientais brasileiras, comprometendo a legislação e a imagem do país na COP30.
O governo brasileiro realizará em outubro um leilão para contratar baterias, visando reduzir apagões e cortes na geração de energia renovável. Empresas como BYD e Huawei demonstram interesse em investir.
A Câmara do Rio aprovou o tombamento permanente do conjunto arbóreo da Rua Santa Clara, em Copacabana, para preservar as árvores plantadas na década de 1930. A medida visa proteger o patrimônio paisagístico e ecológico da região, diante do desgaste e morte de algumas árvores. O projeto, de autoria do vereador Carlo Caiado (PSD), agora aguarda sanção do Poder Executivo.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visitará as obras do Cinturão das Águas do Ceará em 27 de maio de 2025, com 83,49% de execução e investimento de R$ 2 bilhões. O projeto visa ampliar a oferta de água para mais de 5 milhões de pessoas, sendo crucial para a segurança hídrica da região.
Cientistas da Universidade de Brasília (UnB), sob a liderança de Renato Borges, desenvolvem o Projeto Perception, que visa escanear a Amazônia e o Cerrado para monitoramento climático. A iniciativa, com lançamento previsto para 2024, promete fornecer dados em tempo real sobre variações climáticas e degradação do solo, contribuindo para políticas de preservação e manejo sustentável. O projeto, que se baseia em experiências da missão AlfaCrux, conta com parcerias e financiamento de R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).
O Brasil lançou a Coalização Global para o Planejamento Energético, visando compartilhar experiências e atrair investimentos em energias renováveis para países em desenvolvimento. A iniciativa, que ocorreu na sede do BNDES, reúne representantes de várias nações e instituições financeiras, destacando a expertise brasileira em planejamento energético. A transição energética é considerada um desafio crucial, especialmente com a COP30 se aproximando.