Moradores de Itaparica manifestam preocupações sobre os impactos socioambientais da ponte Salvador-Itaparica, questionando a falta de consulta prévia e a especulação imobiliária na região. A obra, que promete transformar a dinâmica local, gera temores sobre a preservação ambiental e a qualidade de vida das comunidades tradicionais.

Em 2025, a construção da ponte Salvador-Itaparica, idealizada em 1967, foi retomada após anos de impasses. O projeto, que promete ser a maior ponte da América Latina sobre a água, com 12,4 quilômetros, conta com o apoio de estatais chinesas e a conclusão da sondagem do solo, etapa essencial para a instalação dos pilares. No entanto, moradores de Itaparica expressam preocupações sobre os impactos socioambientais da obra, questionando a falta de consulta prévia e a especulação imobiliária na região.
Antônio Salvador dos Santos, um dos moradores, relata que não recebeu informações sobre o traçado da ponte e teme que a alça de acesso passe por sua propriedade. Ele menciona que, nos últimos meses, apenas interessados em comprar seu terreno têm aparecido, o que levanta suspeitas sobre a especulação fundiária na ilha, que abriga áreas preservadas de Mata Atlântica e uma rica biodiversidade.
Itaparica, com 246 quilômetros quadrados, é uma das maiores ilhas marítimas do Brasil e sua travessia de ferry boat para Salvador é uma das principais conexões com o sul e sudeste do estado. Contudo, o sistema de ferry, implantado em 1970, enfrenta deterioração e longas filas, especialmente em períodos de alta demanda. O governo da Bahia tenta implementar a ponte desde 2009, mas a atração de investidores e entraves ambientais têm dificultado o avanço do projeto.
O consórcio chinês, que venceu a licitação em 2019, será responsável pela construção através de uma concessão patrocinada. O contrato inicial de R$ 7,6 bilhões foi revisado devido ao aumento dos custos da construção civil, resultando em um novo acordo que eleva o aporte público para R$ 3,7 bilhões. A obra inclui não apenas a ponte, mas também um sistema viário em Salvador e Itaparica, que levanta preocupações entre os moradores sobre os impactos ambientais.
Moradores, incluindo pescadores e quilombolas, expressam receios sobre o traçado da nova rodovia, que pode afetar áreas de Mata Atlântica e locais sagrados. O Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), que embasou a Licença Prévia, já indicava potenciais danos ao território da ilha. O Ministério Público da Bahia (MPBA) alertou para a necessidade de dados atualizados, uma vez que os utilizados no estudo são de 2014 e a construção deve durar seis anos.
A falta de consulta prévia às comunidades tradicionais é uma das principais críticas ao projeto. Apesar de a concessionária afirmar que as consultas começaram, moradores relatam que o processo não respeita as diretrizes da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho. A situação exige atenção, pois a ponte pode transformar Itaparica em uma extensão de Salvador, sem a infraestrutura necessária para suportar o aumento populacional. A união da sociedade civil pode ser crucial para garantir que os direitos e as necessidades dos moradores sejam respeitados.

Indústrias de tabaco, álcool e alimentos ultraprocessados são responsáveis por doenças crônicas e degradação ambiental, com novas medidas tributárias visando reduzir seu consumo. Especialistas pedem ampliação das ações.

Artistas e influenciadores se uniram no Rio de Janeiro para defender o meio ambiente e os direitos indígenas, destacando a urgência de combater o "PL da Devastação" e a PEC 48/2023. O evento, que contou com a presença de figuras como Marina Silva e Sonia Guajajara, visa mobilizar a sociedade contra retrocessos nas políticas socioambientais.

O Fórum Empresarial do Brics apresentou 24 propostas para fortalecer a cooperação econômica entre os países membros, focando em agricultura regenerativa e energias renováveis. A iniciativa, que envolveu mais de mil especialistas, busca impulsionar negócios e promover desenvolvimento sustentável.

A Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT, formou um grupo de trabalho para revisar propostas sobre a Amazônia em preparação para a COP30, que ocorrerá em novembro em Belém. O objetivo é promover um desenvolvimento inclusivo e abordar a emergência climática, envolvendo lideranças locais e movimentos sociais.

Delegação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) visita a Universidade Hohai, na China, para explorar tecnologias em segurança hídrica e firmar parcerias em restauração de solos. A cooperação visa fortalecer a infraestrutura e a resiliência do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, após as enchentes de 2024.

O projeto "Amigo das Abelhas da Amazônia" do Instituto Peabiru entrega colmeias a 40 famílias em Santa Maria do Acará, promovendo polinização e renda local. A iniciativa visa proteger o clima e aumentar a produção de mel.