A produção global de plástico pode triplicar até 2060, com apenas 9% reciclados. Negociações em Genebra enfrentam resistência de países e corporações, dificultando ações efetivas contra a poluição.

A produção global de plástico aumentou de dois milhões de toneladas em mil novecentos e cinquenta para quatrocentas e setenta e cinco milhões de toneladas em dois mil e vinte e dois, conforme um relatório publicado na revista científica The Lancet. Os especialistas projetam que essa produção pode triplicar até dois mil e sessenta, com alguns sugerindo que isso pode ocorrer até dois mil e cinquenta, utilizando cerca de um quarto do orçamento de carbono restante. O estudo alerta que a reciclagem não será suficiente para resolver a crise da poluição plástica, já que apenas nove por cento dos plásticos são reciclados.
Os novos dados foram divulgados um dia antes da retomada das negociações em Genebra entre cento e oitenta países, que buscam um tratado para enfrentar a poluição plástica. No entanto, interesses de governos e corporações dificultam o progresso das conversas. O plástico, inventado no final da década de mil novecentos e quarenta, é amplamente utilizado em produtos descartáveis, que causam poluição e têm um impacto ambiental duradouro.
Atualmente, noventa e nove por cento dos plásticos são derivados de combustíveis fósseis, e a transformação desses materiais em produtos plásticos gera bilhões de toneladas de gases de efeito estufa. Em dois mil e dezenove, esse processo foi responsável por mais de cinco por cento das emissões globais. Embora muitos países tenham começado a limitar produtos plásticos de uso único, a produção continua a crescer fora da Europa, onde os custos elevados têm levado fabricantes a buscar alternativas em outras regiões.
A China é a maior produtora de plástico, respondendo por aproximadamente um terço da produção global. Os Estados Unidos, Brasil, Irã e Arábia Saudita também estão aumentando sua capacidade de produção. O Brasil, que em dois mil e vinte e dois produziu treze milhões e setecentas mil toneladas de plástico, enfrenta um grave problema de resíduos, com mais de três milhões de toneladas de lixo indo parar em rios e mares anualmente.
A poluição plástica é considerada uma ameaça crescente à saúde pública, custando pelo menos um trilhão e quinhentos bilhões de dólares por ano. Pesquisas indicam que compostos químicos presentes nos plásticos podem estar associados a doenças cardíacas. Especialistas afirmam que a magnitude da crise climática e da poluição plástica está causando doenças e mortes, e que a situação tende a se agravar com o aumento da produção.
Ativistas defendem que a solução para o problema do plástico deve começar com a redução da produção. No entanto, as negociações internacionais têm se concentrado em lidar com o lixo existente, como a reciclagem. A redução da produção foi um ponto de discórdia nas negociações recentes, com alguns países, principalmente economias dependentes de petróleo, bloqueando propostas de limitação. Em meio a essa crise, é fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que visem a redução do plástico e a proteção do meio ambiente.

A Antártida enfrenta a segunda menor área de gelo marinho registrada, com impactos diretos na cadeia alimentar, especialmente no krill, essencial para a vida marinha. Cientistas alertam sobre a necessidade urgente de proteção.

Estudo revela que em 2024, quatro bilhões de pessoas enfrentaram um mês extra de calor extremo, evidenciando os impactos das mudanças climáticas e a urgência de eliminar combustíveis fósseis.

A Maratona do Rio, que acontece de quinta a domingo, reunirá 60 mil corredores e reduzirá em 750 quilos o lixo gerado com a distribuição de 50 mil ecocopos reutilizáveis. A iniciativa da Águas do Rio visa promover eventos mais sustentáveis.

O Brasil lançou em 2024 o SIGA-PNRH, um sistema inovador para monitorar o Plano Nacional de Recursos Hídricos, promovendo transparência e participação social na gestão hídrica. Desenvolvido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) com apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o sistema visa fortalecer o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) e facilitar o acompanhamento das metas até 2040.

O Papa Leão XIV se reuniu com representantes do Celam para discutir um documento que critica soluções inadequadas à crise climática e pede ações das nações ricas. A pesquisa revela que 71% dos brasileiros desconhecem a COP30.

A Biofábrica de Corais, em Porto de Galinhas, salvou 20% das colônias de corais após uma onda de branqueamento global, recebendo reconhecimento da Unesco como projeto exemplar na Década do Oceano.